26 de Novembro de 2019 às 09:20

Boletim diário Expocaccer 25-11: Cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 118,90 cents/lb (+ 3,25 pontos) no vencimento março/20. 

Após iniciar o dia com ajustes técnicos na Bolsa de Nova York (ICE Future US), o mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta segunda-feira (25) com altas expressivas de até 325 pontos nos principais vencimentos. 
Dezembro/19 teve alta de 320 pontos, cotado a 117,80 cents/lbp, março/ subiu 325 pontos, cotado a 118,90 cents/lbp, maio/20 registrou alta de 320 pontos, cotado a 121,15 cents/lbp e julho/20 registrou aumento de 320 pontos, encerrando as cotações por 123,10 cents/lbp. 

Segundo o site internacional Barchart, os preços voltaram a subir nesta segunda-feira (25) após informações meteorológicas divulgadas pela Somar Meteorologia. "Hoje, os preços do café estão mais altos devido às preocupações com a secura no Brasil, depois que os dados da Somar Meteorologia mostraram hoje chuvas em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, foram de apenas 38,3 mm na semana passada, ou 59% da média histórica", informou em sua análise diária. 

Ainda segundo o Barchart, a atual oferta de café arábica continua em declínio, o que também está fornecendo suporte aos preços do café, depois que os estoques de café arábica monitorados pela ICE caíram para uma baixa de 15 meses em 2,145 milhões de sacas na sexta-feira.

No Brasil, o mercado acompanhou Nova York e também registrou variações. 

A Semana Internacional do Café 2019 foi um imenso sucesso e consolidou o mercado interno brasileiro de cafés especiais. Trouxe para todos os visitantes e para o mercado uma autoestima e a certeza de que estamos avançando e construindo um mercado mais agregador, onde todos - produtor, classificador, exportador, indústria, torrefador, barista e cafeterias – podem dialogar juntos. E que unindo forças, o Brasil pode avançar muito mais, pois temos grandes diferenciais, que são o fato de termos um consumo altíssimo de café, sermos o maior produtor e termos um índice de exportação muito elevado. O que faltava nessa cadeia era a conexão entre todos esses atores. Agora, ninguém nos segura. Vamos em frente, com a perspectiva de que teremos um 2020 com safra mais alta e grandes avanços no mercado”, sintetiza a curadora da SIC 2019, Mariana Proença, diretora de conteúdo da Café Editora.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 116,02 e posteriormente em 113.13. Já resistências vistas em 120.42 e 121.93.

De acordo com a Somar Meteorologia, nos últimos sete dias, choveu intensamente em áreas próximas do litoral do Espírito Santo. O acumulado passou dos 160mm na Capital e em áreas próximas como Santa Teresa, Alfredo Chaves, Linhares e São Mateus. No interior, a parte sul recebeu 75mm, enquanto que no norte capixaba, choveu pouco mais de 35mm nos últimos sete dias. Em Minas Gerais, choveu pelo menos 50mm na maior parte do cerrado, sul e zona da mata. Em São Paulo, a chuva foi mais intensa sobre a Alta Mogiana com acumulado acima dos 50mm. A umidade do solo está elevada em boa parte das áreas de café até pelo menos 20cm de profundidade. Pelos próximos sete dias, a chuva mais intensa acontecerá sobre o Paraná, São Paulo, oeste, sul e leste de Minas Gerais e sul do Espírito Santo, região de Alegre. De uma forma geral, o acumulado varia entre 30mm e 60mm. Já nas áreas mais atingidas pela chuva das últimas semanas do Espírito Santo, o acumulado não alcança 10mm.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje em alta, cotado à R$4,2150 (+0,53%).

O dólar negociado no mercado interbancário terminou a sessão regular em alta de 0,53%, a R$ 4,2150 na venda. Com isso, a cotação superou o recorde anterior para um fechamento, de R$ 4,2061, cravado há exatamente uma semana. Na B3, em que os negócios com derivativos cambiais vão até as 18h15, o contrato mais líquido de dólar futuro tinha alta de 0,61%, a R$ 4,2245, por volta de 17h35.

A moeda começou o dia em torno da estabilidade, mas tomou fôlego rapidamente após o Banco Central divulgar dados mostrando déficit em conta corrente e investimento estrangeiro direto piores do que o esperado para outubro.
Poucas horas depois, o governo informou dados parciais da balança comercial de novembro, que caminha para fechar o mês no vermelho, o que não acontece desde novembro de 2014.

No noticiário doméstico, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta segunda-feira (25) que o Brasil, maior exportador global de carne bovina, pode começar a importar carne para equilibrar o mercado. Pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, da FGV, a carne bovina apareceu entre os destaques em novembro, com alta de 5,26%, dez vezes mais do que em outubro. Em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor constatou alta de 6,04% no contrafilé, enquanto em outubro havia subido 2,69%. "O Brasil é grande exportador, mas pode importar carne se precisar para dar um equilíbrio ao mercado", disse a ministra.

A balança comercial registrou déficit de US$ 1,099 bilhão no acumulado de novembro, até este domingo (24), informou o Ministério da Economia nesta segunda-feira (25). O déficit acontece quando as importações superam as exportações. Quando ocorre o contrário, é registrado superávit comercial. Na parcial de novembro, as exportações somaram US$ 9,681 bilhões. Esse resultado é 38,4% menor que o registrado na mesma parcial de novembro do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 10,781 bilhões, queda de 14,8% na mesma comparação. De acordo com o governo, houve queda, neste mês, nas exportações de manufaturados (-46,1%), de semimanufaturados (-37,8%) e de produtos básicos (-31,9%). Nas importações, se destacaram a queda dos gastos com adubos e fertilizantes (-22,4%), químicos orgânicos e inorgânicos (-17,4%), veículos automóveis e partes (-15%), instrumentos de ótica e precisão (-9,1%) e equipamentos eletroeletrônicos (-4,1%). No acumulado deste ano, até 24 de novembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 33,822 bilhões, informou o Ministério da Economia.

No exterior, os índices acionários da China começaram a semana em alta nesta segunda-feira (25), sustentados por novas expectativas de avanço nas negociações comerciais com os Estados Unidos após declarações positivas de ambos os lados. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,73%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,72%. Na sexta-feira, os líderes dos EUA e da China destacaram seu desejo de assinar um acordo comercial inicial e acabar com 16 meses de guerra tarifária que prejudicaram o crescimento global.
O assessor de segurança nacional dos EUA, Robert O'Brien, disse no sábado que um acordo inicial ainda é possível até o fim do ano, mas alertou que Washington não vai virar as costas para o que acontece em Hong Kong.

Claudio Castello Branco Ribeiro Filho Expocaccer / Departamento Comercial


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