23 de Janeiro de 2015 às 22:12

Recado ao Filho do Dr Ocacyr e ao filho de Mário Alves

O que houve foi um desconforto”.“Pensamentos diferentes em algumas questões pontuais da administração.”

Uma  portaria publicada na edição de 17/ 01/ 2015, do   jornal “Folha de Patrocínio, trouxe  um ato administrativo, envolvendo o atual Vice- prefeito, Betinho que gerou uma cascata de dúvidas.”Fica suspenso, a pedido, o pagamento mensal do subsídio ao Vice-prefeito, Municipal”

A princípio pode até soar como uma  decisão altruísta. Não é segredo que a prefeitura passa por dificuldades financeiras,  o vice, um empresário bem sucedido, quicá, abrindo  mão de seus proventos, em favor do município, toma uma atitude  de caráter elogiável. Seria  matéria até para o fantástico.

Meia verdade. Correu mundo, que, além de sair da folha de pagamento, Betinho (Foto) estaria se afastando também da prefeitura.Tipo abandonando o barco.Votaria a cuidar somente de suas empresas. Ele explica, que não. Falando ao Portal MAISUMONLINE, por exemplo,  Betinho. fez questão de assegurar que não existe nenhum ‘rompimento’ ou ‘briga’ com o prefeito Lucas Siqueira, “O que houve foi um desconforto. Temos pensamentos diferentes em algumas questões pontuais da administração. Tentei, durante estes dois anos, mudar este estado de coisas, mas não consegui.’ – reiterou.”

Agora  é que não entendi “necas de pitibiribas”.  Lê-se que, "não há rompimento". Não? "Não houve briga". Não?  “O que houve foi um desconforto”.“Pensamentos diferentes em algumas questões pontuais da administração.”  Mas, desconforto,  é mal-estar passageiro, é eventual, é circunstancial. E diversidade de ideias, é algo fecundo;  e pluralidade de pensamentos e expressões é o que há de mais rico em qualquer instituição.

Estaria o prefeito Lucas Campos de Siqueira,(Foto) sendo intransigente?Turrão até a medula dos ossos? Logo ele com aquela amabilidade nata? Não pode ser... Ou pode? Estaria, o vice, Betinho com cacuete de prefeito? Não se deu bem  na coadjuvância do poder? Logo ele  extremamente humilde? Não pode ser...Ou pode? Betinho meio que falou; Dr Lucas precisa dar a sua versão, posto que agora isto é assunto de interesse  público.

Dúvidas procedentes, afinal,  estamos falando de dois  cidadãos pacíficos, sensatos, conscientes, fraternais, cordatos, coerentes e, sobretudo, amigos entre si. Quem os conhece bem, realmente indaga, o  que de fato teria acontecido no cerne desta questão? Bateram cabeça, em quê mesmo? Alguém mais no governo, vai seguir a atitude de Betinho? Se sim, temos um estrago. Foi pensado?

Sabe-se que decisões como esta de Betinho, não vem a público de uma hora para outra. São amadurecidas e alimentadas pelo tempo. Percorre todo um processo. Vem de um desgaste contínuo, um lixamento repetitivo, até a ruptura natural. Vai um dia,  a gota d’água da crise, pimba!

Quem acompanhou  o entusiasmo de Betinho para trabalhar pelo povo durante a campanha, acha tudo isto muito estranho:  “É pela imensa vontade de trabalhar pelo presente e futuro de Patrocínio que estou ao lado de meu irmão, o Dr Lucas..” O discurso era neste tom, e era recíproco.

Afastou, desligou,  jogou a toalha, saiu de cena, deu um stand by  (Realmente não sei qual eufemismo seria adequado) Betinho, tem um nome e uma história a zelar. Em 1997 foi eleito prefeito de Patrocínio (e Dr Lucas entrou como Secretário de Saúde) e reeleito em  2001, gestão profícua, e que contou  com  o atual prefeito,  Lucas Siqueira, alçado a vice. Atualmente  inverteram os papéis.(E isto foi a "pedra de esquina" desta eleição) Agora, como vice, Betinho, tinha seu maior compromisso cuidar da saúde... Certamente a  perda de recursos do estado, praticamente garantido, da ordem de 13 milhões 975 mil para a construção do novo Pronto Socorro Municipal, deve ter sido um dos pontos nevrálgicos da crise.Convenhamos, uma pançada homérica!

 Falando ao site do Zé Eloi, Betinho, continua, pondo  panos quentes:  “Não deixei a prefeitura para cuidar dos meus negócios. Fui prefeito de Patrocínio por dois mandatos e sempre conciliei as coisas. Abri mão do salário por achar que, como não despacharei mais na prefeitura, cumprindo um horário de trabalho, não mereço receber. Agora deixar de ser vice-prefeito não há como, pois fui eleito para ocupar o cargo e vou atender a população em qualquer lugar que for necessário, na minha empresa, na rua, em qualquer lugar.’ – disse.” Teremos um vice- prefeito ambulante? O que é bom para políticar. Vai ser útil a população, como? em que? É o que se infere.

Zé Eloi, joga  um foco de luz maior neste imbróglio, ao final do seu texto. Disse que percebeu, notou, captou  em seu contato  de 30 minutos com Betinho, o seguinte: ele, “deixou transparecer, uma das maiores (senão a maior) contrariedade de Betinho é com relação a saúde financeira do município,  que ele avaliou como ‘difícil de consertar’”

E, neste  sem querer querendo, sem falar falando, desabafa, o vice - que não deixou o cargo. (Ou deixou?):“É complicado. O município está gastando mais que arrecada. Se a prefeitura compra e não paga o grande prejudicado é o fornecedor. Falta organização, planejamento. É necessário mudar muita coisa, mas não existe vontade para executar essa mudança. Eu tenho essa vontade, mas não tenho o poder da caneta!” – sintetizou, fazendo questão de ressaltar que o atual momento não é o de se fazer críticas.”

 Patrocínio, já teve vice-prefeitos em altos e baixos. Homens da estirpe de Dr Amir Amaral, Dr José Figueiredo, Carlos Ibrahim Daura, Profº Amir Nunes, Eduardo Arantes, Lucas Siqueira,  Ildeu Pinheiro e Jorge Marra(os vices do Julio Elias, que não vingaram) e Fausto Amaral.(vice no 1º mandato do governo, Dr Lucas, que também, passou por  perrengues).. E agora, Betinho e a crise do vice. Crise de vice... de novo.

Ao filho do Dr Ocacyr Siqueira, e ao filho de Mário Alves do Nascimento, um recado direto: O povo anda tão cansado e fustigado pela  corrupção; tão descrente e enojado da classe política, e você dois, representavam, justamente,  o companheirismo cristão, a honestidade, o caráter, a harmonia, o compromisso, a pacificação, a credibilidade, a sinergia, a transparência, a  responsabilidade, a convergência, o trabalho coletivo, organizado e inteligente. Se até vocês falharem, assim... em quem acreditar? Garanto-lhe que a  Patrocínio, não interessa esta dispersão de força, esta rota de colisão (ou seja lá o que for) interessa a pacificação e a garra no trabalho em busca do desenvolvimento que tanto e todos carecemos...É assim que voces querem passar pela história?