Ainda preso no Presídio Professor Jacy de Assis em Uberlândia, o prefeito de Perdizes (MG), Fernando Marangoni (PSDB), o Fernandinho, assinou o pedido de renúncia ao cargo a Justiça Eleitoral. Ele escreveu no documento que "o motivo da renúncia é pessoal."
Fernandinho foi flagrado recebendo 20 mil reais em propina em Uberlândia. A prisão aconteceu durante a Operação “Isonomia”, desencadeada no período da manhã pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia e da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.
Os trabalhos foram até o início da madrugada desta quarta-feira, 24. O promotor Daniel Marota ouviu o prefeito no MPE de Uberlândia. Depois de muitas horas de depoimento, Maragoni assinou um documento anunciando a sua renúncia ao cargo de prefeito de Perdizes.
A Operação Isonomia nvestiga crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Investiga ainda se houve contratação irregular de um escritório de advocacia situado em Uberlândia para prestação de serviços de compensação de créditos tributários a prefeituras do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, nos dois últimos anos, 2015 e 2016.
A suspeita é de que o escritório Ribeiro Silva Advogados Associados que presta serviços à Prefeitura de Uberlândia em um contrato de R$ 400,5 mil de março a dezembro de 2017 – seja responsável por conseguir as contratações por meio de tráfico de influência.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e uma condução coercitiva. Uberlândia, Canápolis, Carmo do Paranaíba e Presidente Olegário foram alvo da ação.
Além do prefeito de Perdizes, Fernando Marangoni, outro político também foi preso. O ex-prefeito de Canápolis, Diógenes Borges, foi autuado por porte ilegal de arma de fogo.
Da redação do POL com informações de Carolina Vilela/ V9 - Fotos divulgação.
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