19 de Setembro de 2014 às 14:31

O Poder em crise?

Não podemos afirmar totalmente que o poder está em crise, o que está em crise é a nossa falta de consciência e responsabilidade na hora do voto.

As denúncias de corrupção, nepotismo, gastos de verbas indenizatórias, excesso de cargos comissionados, revelam uma realidade nos poderes da sociedade brasileira. E tudo isso é pago com o dinheiro do contribuinte, ou seja, nosso. Em ano eleitoral temos a oportunidade de eleger nossos representantes, não podemos criminalizar a atividade política, devemos escolher bem e cobrar dos eleitos. Afinal, todos nós somos seres políticos.

É evidente, que não se pode comprovar que hoje o assalto aos cofres públicos é maior que no passado. Em cada época, percebemos o jogo de interesse de cada um. É bom lembrar, que nossa democracia desde as eleições diretas só tem 30 anos.

Não podemos afirmar totalmente que o poder está em crise, o que está em crise é a nossa falta de consciência e responsabilidade na hora do voto.

A crise que parece ter tomado de assalto todos os poderes, Legislativo, Judiciário e Executivo demonstram que a corrupção é o grande mal que assola a vida do país.

No entanto, grandes pensadores, inclusive o Lord Acton afirmou o seguinte axioma político: “todo poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente”.

Os tronos, os poderes, escondem manobras venais sob a aparente solenidade distante da vida do povo, ocultam crimes, sem-vergonhices ilimitadas.

Jesus, na sua simplicidade de camponês, ensinava: “Todo o que pratica o mal odeia a luz e não aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas” ( Jo 3, 20).

Assim, precisamos combater essa crise e não ter medo de ser instrumento de denúncia, pois quem perde com a aceitação dos crimes é a própria sociedade.

Entretanto, quando se parte da teoria para a prática política, fica claro que o combate à corrupção não é tão simples. Ou seja, os poderes são mecanismos necessários em qualquer sociedade, mas os desvios devem ser combatidos e que tenham zelo com a coisa pública.

Jesus, nosso grande mestre ensina que o poder é serviço, e fica bem definido, que se o poder servir as necessidades das pessoas todos viveria em uma sociedade melhor.

Portanto, o poder pode estar em crise, mas as pessoas de bem devem lutar para que essa crise gere transformação, e que essa transformação seja contínua e permanente.