http://www.brasilescola.com/biologia/hirsutismo.htm
A síndrome androgenética é um conjunto de condições clínicas nas quais as mulheres começam a apresentar níveis anormalmente elevados de androgênios (hormônios masculinos).
Esse aumento de hormônios masculinos promove uma desfeminização e virilização da mulher. Dentre suas manifestação estão a seborréia (oleosidade da pele e cabelo), acne (espinha), hirsutismo (excesso de pêlos), alopecia (queda de cabelo), aumento do clitóris, aumento da massa muscular e atrofia das mamas.
O hirsutismo é o sintoma que mais incomoda a mulher. Consiste no aumento de pêlos terminais, ou seja, pêlos grossos, longos e pigmentados em regiões como face, tórax, abdome (em volta do umbigo), face interna das coxas, períneo e regiões costas e glúteos.
Esses sintomas comprometem de forma importante a qualidade de vida das mulheres.
Dentre as causas dessa síndrome encontramos:
- Hiperprolactinemias;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Hiperplasia das células ovarianas;
- Tumores ovarianos;
- Hiperplasia adrenal congênita não clássica;
- Tumores de supra renal;
- Síndrome de Cushing;
- Drogas como testosterona, progestógenos, dananzol, gonadotrofinas coriônicas HCG, difenil hidantoína e outras;
- Alterações metabólicas como insuficiência hepática, difunções da tireoide (hipotiroidismo), hiperinsulinemia (obesidade);
- Outras causas.
Como fazer o diagnóstico clínico?
http://www.fleboesteticalaser.com/hirsutismo.html
No momento do diagnóstico é importante uma anamese (história clínica) completa ressaltando principalmente há quanto tempo os sintomas apareceram e os antecedentes familiares de hirsutismo.
Quadros clínicos que aparecem subitamente e tem evolução rápida são indicativos de quadros mais graves como tumores de adrenal e de ovário. Da mesma forma precisa-se estar atento a quadro em que esses sintomas estão associados a ganho de peso de forma importante e rápida. Isso pode levar ao diagnóstico de síndrome de Cushing (um capítulo a parte).
Os antecedentes familiares e pessoais podem nos levar a conclusão de que o hirsutismo (excesso de pêlos) é devido à raça, como por exemplo, mulheres de origem mediterrânea. É importante observar se outras irmãs, mãe, tias e primas também tem o mesmo problema. Isso indica apenas que é de origem familiar e não hormonal.
Da mesma forma que a galactorréia (saída de leite pelas mamas sem estar gestando ou amamentando) pode indicar um excesso de prolactina – hiperprolactinemia.
Ao exame físico o médico observa a deposição de gordura e a atrofia de massa muscular. A obesidade é causa de hirsutismo, assim o tratamento de perda de peso diminui também a quantidade de pêlos. Acne e acanthosis nigricans também são observados.
Como é a avaliação hormonal?
O endocrinologista irá solicitar exames de sangue como dosagem de testosterona, LH, FSH, estradiol, 17OH progesterona, SDHEA, androstenediona, PRL e TSH segundo a história clínica do paciente.
http://pensemed.com/2014/02/14/sindrome-do-ovario-policistico-cid-10-e28-2/
A causa mais comum de hirsutismo e síndrome androgenética é o ovário policístico (SOP) que pode vir acompanhado de irregularidades menstruais.
Muitas vezes o paciente pode apresentar a clíncia de SOP com alterações hormonais compatíveis com essa doença, mas ao ultrassom não se visualiza os múltiplos cistos ovarianos, nesse caso o tratamento deve ser instituído mesmo sem as imagens no ultrassom. O tratamento é realizado com anticoncepcionais e drogas antiandorgênicas como espironolactona.
Na presença de SOP e obesidade, a perda de peso diminui os pêlos pela melhora da sensibilidade a insulina.
O hirsutismo idiopático (sem causa definida) é encontrado em menos de 20% das mulheres. E pode ser tratado com drogas antiandorgênicas.
Em caso de detecção de tumores de ovário e adrenal a cirurgia é o método indicado.
A hiperplasia adrenal congênita não clássica responde por cerca de 1 a 2% dos casos e tem tratamento clínico com anticoncepcional e drogas antiandorgênicas da mesma forma que a síndrome dos ovários policísticos.
A sociedade de endocrinologia acredita que não se justifica realizar o teste com cortrosina para definir hiperplasia adrenal congênita de início tardio pelo fato de não haver valor de referência definido como diagnóstico (e sim como pesquisa) e também porque o esse teste não irá definir o tratamento, pois o uso de ciproterona (anticoncepcional) se mostrou mais eficaz do que os corticóides. Além do mais o uso de corticóides nas hiperplasias adrenais agravam a resistência insulínica e pioram o hiperandrogenismo.
Após avaliação e tratamento hormonal com estabilização do quadro clínico o paciente pode partir para o tratamento estético.
Recomenda-se o tratamento individualizado, ou seja, avaliar cada caso de forma exclusiva. Entretanto, normalmente após 3 a 6 meses de tratamento medicamentoso o paciente pode realizar tratamentos estéticos como eletrólise e laser obtendo sucesso terapêutico.
Da mesma forma que o insucesso estará presente se um distúrbio hormonal subjacente não for tratado adequadamente ou for tratado por pouco tempo.
Convido uma grande amiga que é fisioterapeuta dermato funiconal especializada em laser, Daniela Carla de Almeida para uma breve explicação das técnicas de depilação existentes no nosso meio e seus riscos e benefícios.
Técnicas de Depilação:
Por Daniela Carla de Almeida
CRF:21225
Fisioterapeuta Dermato Funcional e Especialista em Lase.
Locação de equipamentos médicos com treinamento de pessoal.
Telefone: (34) 9103-7517
A vida de homens e mulheres mudou com relação a pêlos nos últimos anos. A busca por uma pele lisa, sem pêlos e foliculites é intensa. Por isso, é importante o conhecimento das técnicas existentes no mercado e dos riscos e benefícios de se submeter a cada um desses métodos.
O avanço tecnológico é surpreendente e a cada dia surge um novo aparelho a ser estudado e solidificado como resolutivo e seguro. A eficácia desses está sempre sendo questionada pelos profissionais do meio.
Luz ou Laser? Qual a melhor opção? Depilação definitiva é a palavra correta? Várias perguntas não querem calar.
Sabe-se que alguns métodos fazem a destruição, em longo prazo, dos folículos pilosos outros não. Alguns métodos usam calor outros a destruição é pelo laser.
Uma manutenção periódica, normalmente anual, é necessária para garantir o resultado. Daí questiona-se o termo definitivo.
Temos três mecanismos de fotodestruíção dos folículos pilosos:
- Térmico (calor)
- Mecânico (ondas de choque)
- Fotoquímica (luz com geração de mediadores tóxicos)
Atualmente, o mais recomendado é o uso do laser que atua por destruição térmica. Esses aparelhos agem por lesão seletiva do folículo piloso destruindo a melanina (pigmento que dá cor ao pêlo).
Disponibilizo uma tabela de comparação entre as técnicas para facilitar a compreensão.
Laser ou fonte de luz |
Indicação |
Sessões |
Vantagens |
Desvantagens |
Eletrólise |
Pelos grossos |
indefinidas |
Bons resultados em pelos brancos |
Muito doloridos. |
Laser Rubi
694nm |
Pelos finos |
Indefinidas No mínimo 8 |
Melhor para pelos finos e pouco pigmentados |
Dolorido. Resultados lentos. Muitos efeitos colaterais em peles escuras. |
Laser Alexandrita 755nm |
Pelos grossos e finos |
De 6 a 8 Manutenção anual |
Muito eficaz para pelos finos e moderadamente pigmentados |
Dor moderada.
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Laser Diodo 810 nm |
Pelos grossos |
6 a 8 Manutenção anual |
Eficaz para pelos grossos e peles escuras |
Pouca eficácia pelos claros Dolorido. |
Luz Pulsada 590 a 1200nm |
Pelos finos e claros |
8 a 10 Remoção temporária e não definitiva |
Menor dor |
Pobre para pelos grossos
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NDYAG 1064nm |
Melhor para pelos grossos |
8 a 10 Manutenção anual |
Seguro para todos os tipos de pele inclusive peles negras e bronzeadas |
Resultados questionáveis e lentos para pelos claros Melhor para barba |
Multi Wave |
Ainda em estudo. |
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Ressalto a importância de uma avaliação completa por um profissional experiente e especializado em laser e técnicas de depilação.
Além disso, é preciso relatar a esse profissional todas as doenças existentes assim como possíveis bronzeamentos. O bronzear da pele antes da aplicação de uma das técnicas pode ser a causa de queimaduras e manchas na pele. Nenhum detalhe pode ser subestimado, pois disso depende a segurança do paciente.