13 de Fevereiro de 2014 às 20:47

Depois de interdição judicial, secretário de desenvolvimento social explica situação da Arca

Eduardo Arantes disse que vai acartar a decisão e que vai buscar novo local para o abrigo, mas discorda de alguns apontamentos do Ministério Público

O Secretário Municipal de Desenvolvimento Social, Eduardo Machado Arantes convocou a imprensa na tarde de hoje, para uma coletiva, tão logo após o Juiz da Vara Criminal da Infância e Adolescência acionar também a mídia local, para anunciar a interdição no Abrigo da Criança e Adolescente (ARCA), a pedido do Ministério Público, que constatou várias irregularidades no local, atestadas em laudo. Arantes explicou que o Governo Municipal acatará a decisão judicial e que buscará um novo local, mas deixou claro que discorda da posição do Ministério Público (veja o vídeo) dizendo que: "A situação não está exatamente como os olhos da promotoria e do juizado enxergaram. Nós achamos que a situação está sob controle".

Segundo justificativa do secretário e também em nota da Imprensa Oficial, "desde que o município assumiu a responsabilidade da ARCA, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social tem realizado um trabalho constante de melhorias, trabalhando com seriedade no acolhimento das crianças e adolescentes em condições de vulnerabilidade".

Instalado em uma construção antiga (onde já funcionou a República do CAP) com mais de 21 cômodos, em frente a Estação Ferroviária, na Avenida benedito Romão de Melo, a Arca atende atualmente 17 crianças com idade entre 0 a 17 anos. 

De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Social, Eduardo Arantes, já houve momentos em que a Unidade esteve com a responsabilidade de cuidar de 26 crianças e adolescentes. "Todos que chegam à ARCA são sempre muito bem cuidados e assistidos da melhor maneira que nos é possível. Contamos com uma equipe de 24 funcionários, com psicóloga, assistente social, educadores, técnicos em enfermagem, motorista, seguranças, dentre outros”, pontuou, contrariando laudo do Ministério Público, que afirmou ao contrário: que não há assistência psicológica e que as crianças adoecem com frequência.

Ainda, segundo Eduardo Arantes, recentemente a unidade passou por pequenas reformas para melhorar a infraestrutura, enquanto se busca um novo espaço. “Sob o olhar do Judiciário o local não está adequado, mas estamos em busca de outra casa que atenda as necessidades das crianças, mas tem sido muito difícil ou por questões do tamanho ou mesmo por que o proprietário precisa concordar com pequenas adequações que são necessárias fazer para o funcionamento da ARCA”.

O secretário rafirmou que  "ainda sim, o Governo Municipal respeitará o prazo determinado pela justiça e intensificará os esforços para que consiga um novo local para a ARCA".

Eduardo salientou ainda que, os funcionários que trabalham na ARCA realizam constantes cursos e treinamentos e são dedicados e zelosos com todos os assistidos, dedicando inclusive fins de semanas para acompanhá-los em atividades externas, em passeios a chácaras, praças, clubes ou até mesmo em consultas e internações. acrescentado ainda que “Nossas crianças têm acompanhamento médico, participam de atividades nos CRAS, estudam, freqüentam cursos e oficinas, atuam na comunidade como cidadãos que são, frequentando a igreja, atividades de lazer e cultura”  ainda em dissonância com as próprias crianças que disseram que não têm nenhum atividade, além de jogar damas e assistir televisão, segundo consta em senteça do juiz Serlor Silva Santos.

O secretário afirmou que o Governo Municipal tem buscado apoio e recursos para a construção de uma sede própria e bem estruturada para o funcionamento da ARCA: “Através de emenda parlamentar já elaborada pelo Deputado Federal Silas Brasileiro – por intermédio da vereadora Marly Ávila – Patrocínio será contemplada com recursos da ordem de 400 mil reais para serem investidos na Atenção Especial" frisou Eduardo Arantes.