INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 120,20 cents/lb (+ 300 pontos) no vencimento maio/20.
Após iniciar o pregão com baixas, o mercado do café reagiu e passou a operar com altas nos principais contratos no início da tarde desta quarta-feira (15) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Segundo analistas, a tendência é que o mercado do café continue apresentando volatilidade e segue buscando por informações que indiquem a pausa na proliferação do Coronavírus ao redor do mundo. As preocupações com a demanda global de café continuam, à medida que a disseminação global da pandemia de coronavírus forçou o fechamento de muitos restaurantes, cafés e bares em todo o mundo. A Organização Internacional do Café (OIC), em 3 de abril, disse que o consumo global de café neste ano pode estagnar ou até diminuir em comparação com a previsão de crescimento pré-pandêmica de 2% a 3%.
Os estoques de café verde dos Estados Unidos caíram 288,658 mil sacas de 60 kg no mês de março e totalizam 6,023,568. Essa é a segunda queda seguida, no mês passado os estoques registraram baixas de mais de 150 mil sacas. Os dados foram divulgados em relatório da GCA (Green Coffee Association) nesta quarta-feira (15). O país norte-americano é um dos principais importadores do café brasileiro. No primeiro trimestre de 2020, o principal destino de café brasileiro segue sendo os Estados Unidos, que importaram 1,8 milhão de sacas no período (19,3% de participação no total das exportações). A Alemanha, segundo maior consumidor, importou 1,7 milhão (equivalente a 17,8% de participação nos embarques) e a Itália, terceiro maior consumidor, importou 939 mil sacas (9,8%). Na sequência, estão a Bélgica, com 493,6 mil sacas (5,2%); Japão, com 485,6 mil sacas (5,1%); Federação Russa, com 322,5 mil sacas (3,4%); Turquia, com 282,6 mil sacas (2,9%); Espanha, com 245,2 mil sacas (2,6%); Canadá, com 221,2 mil sacas (2,3%); e França, com 203,8 mil sacas (2,1%).
As atividades de colheita do café robusta da temporada 2020/21 começaram em parte das lavouras do Espírito Santo na semana passada. Segundo colaboradores do Cepea, devido ao clima mais ameno dos últimos dias, o percentual de grãos verdes é alto e, portanto, a colheita ainda está restrita. Já em Rondônia, foram colhidos entre 5% e 10% do volume esperado no estado. Segundo agentes, a colheita tem se intensificado gradualmente, e um maior volume de café deve chegar ao mercado nas próximas semanas. Para o arábica, produtores consultados pelo Cepea começaram os preparativos para a colheita da safra 2020/21. O clima mais quente nas últimas semanas vem auxiliando na maturação dos grãos. Vale lembrar que agentes esperam que os trabalhos de campo se iniciem um pouco mais cedo neste ano.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 116.13 e posteriormente em 112.07. Já resistências vistas em 122.73 e 125.57.
De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria continua seu avanço pela costa da Região Sudeste e nesta quarta-feira o sistema mantém o tempo mais instável numa faixa que vai desde o rio de Janeiro até a Região Norte do país. Em sua retaguarda, uma massa de ar de origem polar, além de ser a responsável pelas temperaturas mais baixas , também impede a formação de nuvens de chuva entre Sul de minas, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Sul do Brasil, o que favorece o início da colheita nas principais áreas produtoras do Arábica. Entre a metade norte de Minas e o Espírito Santo, ainda chove nesta quarta-feira, porém de maneira fraca e localizada, e desta forma pouco atrapalha este momento de colheita nas principais áreas do Conilon. No Paraná, o tempo segue firme e mesmo que a temperatura caia, ainda não há o menor risco de geada para região norte do Estado.
DÓLAR
O dólar comercial fechou hoje também em alta, cotado à R$5,2430 (+ 1,04%).
O dólar comercial fechou em alta pelo terceiro dia seguido, com avanço de 1,04%, vendido a R$ 5,2430. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 1,36%, a 78.831,46, após duas altas seguidas.
Persistem incertezas sobre os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus. Ontem, o FMI disse que a economia global deve encolher 3% em 2020, o que marcaria a pior recessão desde a Grande Depressão da década de 1930.
No noticiário doméstico, além do cenário internacional, os investidores também estavam atentos ao cenário político doméstico, depois que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avisou sua equipe na noite de terça-feira que deve ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro até o final desta semana. O noticiário mais confuso, por causa da política, afeta as expectativas. Os governantes não se entendem e isso afeta o preço dos ativos. A crise da saúde é apontada como fator agravante para a situação do real, que já vinha sendo prejudicado por um cenário de pouco investimento e juros baixos no Brasil. O FMI previu que a economia brasileira vai encolher 5,3% neste ano.
No exterior, a atividade econômica dos Estados "contraiu-se bruscamente e profundamente" em todo o país devido ao confinamento para impedir a disseminação do coronavírus, informou o Federal Reserve (Fed, banco central americano) hoje. Empresas de todas as regiões relataram perspectivas muito incertas, e a maioria espera que as condições piorem nos próximos meses. Dados do governo mostraram que 17 milhões de trabalhadores perderam seus empregos em três semanas até 4 de abril e, segundo o Fed, "a perspectiva de curto prazo é de mais cortes de empregos nos próximos meses". Os Estados Unidos são o país do mundo com o maior número de mortes, mais de 26.000, com cerca de 609.500 infecções relatadas. O relatório do Fed indica que as indústrias mais afetadas, devido a medidas de distanciamento social e fechamentos obrigatórios, são as do setor de lazer e hotelaria, bem como as vendas no varejo, exceto os bens essenciais.
Claudio Castello Branco Ribeiro Filhom Expocaccer / Departamento Comercial
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