INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em alta, cotado à 100,90 cents/lb (+5 pontos) no vencimento dezembro/19, o mercado oscilou dos dois lados da tabela durante o dia em movimentações técnicas, câmbio e safra do Brasil. Na semana, houve alta acumulada de 2,54%.
Sem grandes novidades nos fundamentos, o mercado do arábica na ICE registrou oscilações técnicas, acompanhou o câmbio, mas também não deixou de lado as informações sobre a safra 2020/21 de café do Brasil.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 100.23 e posteriormente em 99.57. Já resistências vistas em 101.73 e 102.57.
Já de acordo com a Somar Meteorologia, a presença de áreas de instabilidade ainda provoca chuva entre o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil, mas já de forma menos intensa e mais isolada. A primeira semana de Outubro já será marcada pelo tempo mais firme e cada vez mais quente nas áreas produtoras do Sudeste e do norte do Paraná.
DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$4,1570 (-0,12%), com investidores evitando grandes movimentações após dias marcados por ruídos políticos nos Estados Unidos, sinalização de novos cortes de juros no Brasil e discursos de autoridades do Banco Central sobre atuações no câmbio.
Os investidores ficaram atentos à notícia de que EUA e China agendaram uma reunião para 10 de outubro. A novidade deve ajudar a estancar parte das preocupações a respeito do processo de impeachment do presidente Donald Trump.
Também repercutiram dados mais fracos que o esperado da economia dos Estados Unidos – o gasto pessoal dos americanos cresceu 0,1% entre julho e agosto, contra expectativa de 0,3% dos analistas. Já a renda pessoal avançou 0,4%, em linha com as previsões. O núcleo do índice de preços de gastos do consumo pessoal (PCE) veio em linha com a expectativa, ao avançar 1,8%.
Internamente, além da disputa entre comprados e vendidos pela formação da Ptax do fim de mês, que se encerra na próxima segunda-feira, investidores também ficaram de olho nos possíveis desdobramentos políticos da decisão do STF que pode anular diversas condenações da Lava Jato, entre elas, uma sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista na quinta-feira, afirmou que a alta do dólar frente ao real se deve, em parte, à redução da taxa básica de juros, a Selic.
Com a redução do juro no Brasil, muitas empresas estão tomando empréstimos internos e antecipando o pagamento de dívida externa, remetendo dólares para fora, o que pressiona as cotações.
Além disso, com a Selic na mínima histórica de 5,50% ao ano e com perspectiva de novos cortes na taxa, a expectativa é que o prêmio de risco oferecido por aplicações em reais em comparação com os retornos dos Treasuries (os títulos da dívida americana, considerados um dos investimentos mais seguros do mercado) caia a novas mínimas históricas, o que reduz a atratividade da moeda brasileira.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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