16 de Outubro de 2019 às 08:03

Boletim diário Expocaccer 15-10: Cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em baixa

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em baixa, cotado à 94,45 cents/lb (-40 pontos) no vencimento dezembro/19. O mercado foi pressionado pela oscilação do dólar ante o real e movimentos técnicos ante a alta na véspera.

As exportações brasileiras de café, no período de janeiro a setembro de 2019, totalizaram 30,38 milhões de sacas de 60kg, das quais 27,37 milhões foram de café verde, sendo 24,41 milhões de café arábica e 2,96 milhões de café robusta. Nesse total, inclui-se ainda 3,01 milhões de sacas de café industrializado, das quais 16,15 mil sacas são de café torrado e moído, e volume equivalente a 2,99 milhões de sacas de café solúvel, que correspondem a 9,9% do total exportado.
Com base nesses dados, vale ressaltar que as exportações no período analisado, de janeiro a setembro, nos últimos cinco anos, tanto das exportações totais de café, como do café solúvel, atingiram os maiores desempenhos neste ano de 2019. A base dos dados estatísticos que permite realizar esta análise da performance das exportações dos Cafés do Brasil, em nível mundial, foi extraída do Relatório mensal setembro 2019, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 93.80 e posteriormente em 93.15. Já resistências vistas em 95.25 e 96.05.

De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria que já provocou bastante chuva no Rio Grande do Sul, se aproxima da Região Sudeste, mas já enfraquecida provoca apenas pancadas isoladas e com baixos acumulados entre o Paraná e o Sudeste do país. Além disso, o calor continua no interior destas regiões.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,1660 (+0,94%), em mais um pregão marcado por incertezas no exterior, por conta das preocupações com a desaceleração da economia global e com as relações comerciais entre Estados Unidos e China. Além disso, a possibilidade de mais cortes nos juros no Brasil diminui a atratividade do real como moeda de rendimento.

O real revezou com o peso colombiano o título de moeda com pior desempenho nesta sessão, num dia de relativa força do dólar contra emergentes, segundo a Reuters.
A performance mais fraca da moeda brasileira neste pregão deu sequência a movimento visto desde meados da semana passada, quando o mercado fortaleceu apostas de corte da Selic depois de o Brasil ter registrado inesperada deflação em setembro.
Com isso, cresce a perspectiva de que o retorno das aplicações em real diminua, o que desestimula a atração de capital para a renda fixa, impondo pressão de desvalorização sobre a taxa de câmbio.

No exterior, incertezas sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China também continuaram influenciando o mercado de câmbio.

O Fundo Monetário Internacional alertou que a guerra comercial entre Estados Unidos e China reduzirá o crescimento global de 2019 a seu ritmo mais lento desde a crise financeira de 2008 e 2009, de acordo com relatório publicado nesta terça. Ainda segundo o Fundo, o PIB mundial deve crescer 3% neste ano, ante previsão anterior de 3,2%. Paralelamente, o FMI também reduziu a projeção de crescimento para o Brasil em 2020 para 2%.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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