CAFÉ
Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em leve alta, à 108,80 cents/lb (+65 pontos), com pequena correção ante aos movimentos de baixa recentes em um dia de maior volatilidade, onde os contratos chegaram a oscilar 215 pontos entre a máxima e a mínima.
Apesar da alta técnica, a situação não pode ser considerada uma reversão de tendência. O arábica tem sido pressionado devido à grande expectativa de produção no Brasil, aliada ao clima.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a colheita brasileira da safra 2018/19 chegou a 61% até o dia 17 de julho. De uma semana para outra, os trabalhos no campo avançaram cerca de 8% com ajuda do clima.
Apesar do avanço dos trabalhos no campo, a colheita ainda segue atrasada em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingia 65% neste momento. Já a média dos últimos cinco anos é de 64%.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 107,58 e posteriormente em 106.37. Já resistências vistas em 109.73 e 110.67.
De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, nesta quinta-feira, as condições do tempo quase não se alteram. Uma massa de ar mais seco e quente predomina, já que há uma situação de bloqueio atmosférico no Oceano Pacífico. Chove apenas na costa da Bahia, de forma fraca e concentrada à noite. Nas principais áreas do arábica entre o Paraná e o Sudeste além do conilon, o tempo segue firme e quente durante as tardes.
DÓLAR
Depois de subir mais de 1% e encostar nos R$3,90, o dólar perdeu força na reta final do pregão e fechou esta quinta-feira praticamente estável, cotado à R$3,8460 (+0,13%), com os investidores respirando mais aliviados com a cena política interna, após notícias de que o Centrão, grupo de partidos de centro, estaria inclinado a apoiar o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, nas eleições presidenciais de outubro.
Alckmin é visto pelo mercado como um político mais comprometido com o ajuste fiscal. O tucano e interlocutores próximos fizeram uma contraofensiva nos últimos dias para conter o avanço dos acertos do pedetista Ciro Gomes com o Centrão e esse grupo de partidos pode até fechar uma aliança formal com o ex-governador de São Paulo.
No exterior, a fala do presidente americano Trump, contribuiu para que a alta do dólar perdesse forças. O mesmo disse que não estava "feliz" com a decisão do Fed (Banco Central americano) de elevar a taxa de juros, já que esses aumentos podem colocar os EUA em "desvantagem" enquanto banco central do Japão e o Banco Central Europeu (BCE) mantêm sua política monetária frouxa.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões de dólares.
Com isso, rolou o equivalente a 9,1 bilhões de dólares do total que vencem no próximo mês. Como tem feito recentemente, o Banco Central não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio neste pregão.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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