CAFÉ

-- Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia novamente em forte baixa, à 106,70 cents/lb (-135 pontos), ainda em correção diante de informações sobre o bom desenvolvimento da safra 18/19 e boas condições climáticas até o momento.

As exportações globais de café subiram 2,6% em junho, ante o ano passado, para 10,45 milhões de sacas, mostraram dados da Organização Internacional do Café (OIC) nesta quarta-feira. Na cena interna, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de café caíram para apenas 1,24 milhão de sacas em julho, o menor volume em mais de 10 anos. A quantidade representou queda de 42% ante os 2,15 milhões de sacas observados em junho e de 22% em relação ao 1,6 milhão de igual mês de 2017. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 105,78 e posteriormente em 104.87. Já resistências vistas em 107.83 e 108.97.
 
De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, arábica e conilon do Sudeste do país tem áreas de tempo nublado e com chuva nesta quinta-feira. A formação de novas áreas de instabilidade deve provocar chuva forte, com ventania, trovoadas e até com risco de granizo entre o norte do Paraná, São Paulo e sul de Minas, especialmente a partir da noite de hoje. O acumulado de chuva poderá ultrapassar os 70mm em alguns pontos. No Espírito Santo, o tempo segue nublado, com chuva e temperaturas mais amenas.

DÓLAR

-- O dólar fechou a quinta-feira praticamente estável ante o real, cotado à R$3,7580 (-0,07%), após ir acima de R$3,78 durante o pregão de olho no mercado internacional, onde predominaram temores de recrudescimento da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O dólar, assim, subia ante uma cesta de moedas, impactado também pela avaliação otimista feita na véspera pelo Federal Reserve, banco central dos EUA, sobre a economia do país, indicando que deverá subir os juros mais duas vezes neste ano.

Internamente, no entanto, a valorização do dólar ante o real perdeu força no final da manhã, com fluxo pontual de recursos, que acabou deixando a moeda com pequenas oscilações até o final do pregão.

O cenário político doméstico segue sendo monitorado de perto pelos investidores, com a proximidade do fim do prazo para as convenções partidárias que definirão os candidatos para a corrida presidencial.
Na quarta-feira (01), o PSB acertou com o PT de se manter neutro no primeiro turno das eleições à Presidência, o que evita uma aliança com Ciro. A decisão dos socialistas mantém a divisão da esquerda, que deve chegar ao primeiro turno com dois candidatos com alguma força, o próprio Ciro e eventual substituto do ex-presidente Lula, no caso da impugnação da sua candidatura pelo PT.

Além disso, o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, conquistou apoio dos partidos do centrão e terá o maior tempo na propaganda eleitoral na TV e rádio, situação que pode fazê-lo ganhar mais fôlego, já que tem aparecido com fraca intenção de votos em pesquisas. O tucano é o candidato que o mercado prefere porque o considera com perfil mais reformista.

Italo Henrique. Expocaccer / Departamento Comercial