14 de Abril de 2025 às 11:09

Vendedora alega ter sido extorquida durante a Fenacafé

Mulher alega ter sido obrigada a entregar dinheiro para não ser presa por venda ilegal de caipirinhas.

Com informações da Polícia Militar

PATROCÍNIO (MG) – A Polícia Militar foi procurada na madrugada de sábado, 12/4, em seu estande durante a Fenacafé 2025, por uma jovem de 29 anos, relatando que foi vítima de extorsão por parte dos responsáveis pelas barracas que atuavam no evento.

Segundo a mulher, ela vendia caipirinhas de forma clandestina dentro do Parque de Exposições quando foi abordada pelos responsáveis. Ela contou que, mais cedo, já havia tido parte de sua mercadoria recolhida pela equipe do evento.

Posteriormente, enquanto ainda realizava as vendas, os responsáveis a cercaram e informaram que ela não poderia continuar com a atividade.

Ao ser abordada, ela jogou as bebidas no chão. Um dos seguranças retirou a maquininha de cartão do bolso traseiro da vítima.

Os profissionais afirmaram que ela deveria acompanhá-los até a Arena Cerrado, local apontado como sede da empresa detentora da exclusividade de vendas na festa.

Segundo a mulher, durante o trajeto, um dos responsáveis a separou do grupo e a levou para um local escuro, próximo aos banheiros. Ele teria dito que ela poderia ser presa e que, caso a levasse até a diretoria, todo o dinheiro seria confiscado. Em seguida, perguntou quanto ela tinha consigo. A vítima relatou que possuía R$ 800, e o homem teria proposto dividir o valor. Com medo, ela entregou R$ 400 a ele. Após o ocorrido, um dos responsáveis devolveu a maquininha de cartão, e a mulher acionou a PM.

Os militares, durante diligências, encontraram os quatro responsáveis mencionados. Um deles negou ter recebido qualquer quantia, mas alegou que recolheu dinheiro e uma máquina de cartão de um vendedor ambulante e repassou a uma representante da organização da festa.

A mulher apresentou aos policiais R$ 426, uma máquina azul e branca e extratos de vendas, mas a vítima afirmou que esses materiais não lhe pertenciam.

Outros responsáveis confirmaram que o colega ficou sozinho com a ambulante e mencionaram ter ouvido frases como “metade, metade”. Um dos envolvidos relatou que, ao presenciar a conversa entre os dois, ouviu a proposta de divisão do valor obtido com as vendas ilegais para evitar que a mulher fosse apresentada à PM.