CAFÉ

Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em leve alta, à 111,90 cents/lb (+25 pontos), após forte queda no dia anterior, diante da disputa comercial entre os Estados Unidos e a China trazendo expectativa para o cenário internacional, todas as commodities sentiram os efeitos adversos, o que não foi diferente com o café.

Segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC) as exportações globais de café caíram 12,4% em maio ante o mesmo período do ano passado, para 9,27 milhões de sacas de 60 quilos. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 111,30 e posteriormente em 110.70. Já resistências vistas em 112.70 e 113.50.
 
De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, uma frente fria passa pela costa do Sudeste nesta terça-feira (03), provocando aumento de nebulosidade, chuva bem fraca e isolada e diminuindo um pouco o calor que tem feito nos últimos dias, mas isso apenas entre a capital Paulista e o litoral, além do Rio de Janeiro. No interior da Região Sudeste, ou seja, nas principais áreas de café da Região, o tempo continua seco e quente durante as tardes. O tempo continua seco também no norte do Paraná. Apenas no conilon do Espírito Santo e Sul da Bahia, é que a nebulosidade aumenta e ocorre até mesmo alguns pontos de chuva fraca. As principais áreas produtoras de café arábica devem seguir com tempo seco e quente durante as tardes pelo menos até o início da semana que vem.

DÓLAR

 Após alta de quase 1% no dia anterior, o dólar fechou em queda nesta terça-feira cotado à R$3,8970 (-0,38%), com a cena externa um pouco mais tranquila, mas com o mercado sob a expectativa de que o Banco Central pode voltar a fazer intervenções extraordinárias.

No exterior, o dólar recuou cerca de 0,55% sobre a cesta de moedas (dólar index) e também frente a moedas de países emergentes, como o peso chileno.
Os mercados financeiros norte-americanos fecharam mais cedo neste pregão devido ao feriado pelo Dia da Independência, nesta quarta-feira (4), limitando o volume financeiro em outras praças.

Na cena interna, os investidores continuaram atentos à cena política, a poucos meses da eleição presidencial de outubro e ainda marcada por muitas incertezas, e às atuações do Banco Central. Neste pregão, a autoridade monetária apenas ofertou e vendeu integralmente o lote de 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto. 
Com isso, rolou o equivalente a 1,4 bilhão de dólares do total de 14,023 bilhões de dólares que vence no próximo mês. 

Como fez nos últimos pregões, o Banco Central não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para esta sessão, apesar de toda a recente pressão que o mercado tem colocado sobre o dólar.

Italo Henrique - Expocaccer / Departamento Comercial