13 de Março de 2020 às 09:44

Turbulência no mercado devido ao Coronavírus faz dólar bater novo recorde; café caiu

Informativo Diário Expocaccer

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 108,85 cents/lb (-320 pontos) no vencimento maio/20, com baixas nos principais contratos, mais uma vez com quedas impulsionadas pelo Coronavírus - que atinge todo o setor financeiro neste momento.

A estimativa da receita bruta de todas as lavouras brasileiras, tendo como referência os preços médios recebidos pelos produtores no mês de janeiro, está estimada para 2020 em R$ 438 bilhões. No cálculo desse montante, se for estabelecido um ranking dos cinco primeiros produtos, constata-se que a soja figura em primeiro lugar, com R$ 158,6 bilhões, o que corresponde a 36% do citado valor; o milho, em segundo, com R$ 72,7 bilhões (15,5%); seguido da cana-de-açúcar com R$ 59,16 bilhões (13,5%); algodão herbáceo com R$ 41,4 bilhões (9,5%) em quarto lugar; e, por fim, o faturamento dos Cafés do Brasil, quinto colocado nesse ranking, com R$ 25,06 bilhões, cifra que equivale a 5,7% do total de todas lavouras. Assim, a receita estimada da lavoura cafeeira para este ano representa aumento de aproximadamente 25% em relação ao faturamento de 2019, o qual atingiu R$ 19,94 bilhões.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 107.37 e posteriormente em 105.88. Já resistências vistas em 110.42 e 111.98.

De acordo com a Somar Meteorologia, a quinta-feira é mais um dia de tempo seco no centro e sul do país e chuvosa na metade norte do Brasil. Nas áreas produtoras do Arábica que compreendem o Paraná, São Paulo, Sul e Triangulo Mineiro, a expectativa ainda é de tempo mais firme, com sol, e temperaturas cada vez mais altas. Se a chuva acontecer, será de forma muito rápida e apenas em alguns pontos.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,7790 (+1,25%), em mais um dia de turbulência nos mercados, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter classificado o surto como uma pandemia e depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, proibiu viagens da Europa para os Estados Unidos por 30 dias.

A moeda norte-americana subiu 1,41%, a R$ 4,7882, renovando recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação). Na abertura, chegou a saltar mais de 6% e bateu R$ 5,0277 pela primeira vez na história, atingindo, assim, uma nova máxima nominal intradia já registrada no país. Veja mais cotações. Com o salto desta quinta, o avanço do dólar em relação ao real no ano chega a 19,41%.

A intensidade de alta do dólar diminuiu ao longo do dia depois de o Banco Central (BC) anunciar dois leilões extras de dólar em moeda à vista de até US$ 2,25 bilhão e após o Federal Reserve (Fed) de Nova York afirmar que ofertará mais US$ 1,5 trilhão por meio de operações de recompra de títulos para dar liquidez e alívio aos mercados.
Pesava também no mercado de câmbio nesta quinta a derrota sofrida pelo governo no final da tarde de quarta-feira, após o Congresso Nacional derrubar o veto presidencial a projeto que amplia o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), com impacto estimado em cerca de R$ 20 bilhões já no primeiro ano.
Em razão do impacto orçamentário da medida, o mercado enfrenta agora outro vetor de risco, do lado fiscal brasileiro, o que aumenta as incertezas sobre as relações entre Executivo e Legislativo, e sobre o ritmo de recuperação da economia brasileira.

No exterior, os mercados globais reagiam nesta quinta à decisão do presidente americano, Donald Trump, que suspendeu por 30 dias viagens de estrangeiros procedentes de Europa aos Estados Unidos, numa tentativa de travar a rápida propagação do coronavírus.

Trump anunciou outras medidas para sustentar as empresas norte-americanas e promover o crescimento, mas alguns investidores não se mostraram convencidos de que a economia global pode se recuperar rapidamente conforme crescem as preocupações de que o número de infecções pode aumentar rapidamente em todo o mundo.
Pelo contrário, as restrições impostas elevou o pânico nos mercados globais em pânico conforme as medidas de prevenção contra a doença interrompem as cadeias de suprimento globais, elevando os riscos de uma recessão global.

Na Europa, as principais bolsas tiveram quedas de mais de 10% nesta quinta. Já os preços do petróleo subiam mais de 5% e acumulavam queda de cerca de 50% desde máximas tocadas em janeiro.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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