25 de Novembro de 2016 às 11:14

Torcedor do Cruzeiro morreu eletrocutado no Mineirão, diz polícia

A Polícia Civil informou que os laudos técnicos confirmam que Eros Dátilo Belisário, de 37 anos, bateu as costas em uma tomada em briga corporal com o segurança

Laudos periciais confirmam que o torcedor cruzeirense Eros Dátilo Belisário, de 37 anos, morreu eletrocutado após se envolver em uma confusão no Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, na Pampulha. A informação foi confirmada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira. O inquérito ainda não foi concluído, mas o delegado responsável pelo caso, Luiz Otávio Mattosinhos, da  Delegacia de Homicídios Noroeste, já adianta que não haverá indiciamento. 

O caso ocorreu na noite de 26 de outubro, quando o Cruzeiro enfrentava o Grêmio pela semifinal da Copa do Brasil 2016. De acordo com o delegado, Eros e uma amiga tinham ingressos para o setor vermelho para assistir à partida, mas ele queria passar para o setor laranja, que tem ingresso mais barato, onde estava outro grupo de amigos. 

As imagens das câmeras de segurança do estádio mostram o torcedor e a mulher  passando pela catraca às 21h36. Algum tempo depois, ele se aproxima da grade que separava os dois setores e conversa com o segurança para tentar entrar no laranja. As imagens mostram o funcionário apontando para a câmera, informando que era proibido. Segundo o delegado, ele e a mulher sobem para a arquibancada, mas voltam. Eros chega a conversar com os amigos do outro setor, antes de voltar onde o segurança estava, e passa pela grade, invadindo o setor vermelho. 

Depois disso, o segurança tentou imobilizar Eros, tentando segurá-lo pelo braço, mas ele consegue se desvencilhar. O homem ainda tenta aplicar duas rasteiras no torcedor, sem sucesso, e leva dois socos. No meio da briga, os dois bateram contra uma porta, que não resistiu ao peso. “Então ele coloca ele na parede, objetivando imobilizá-lo. Perto dessa parede existia uma porta. Um peso aí de cerca de 200 quilos sobre essa porta.  A porta se abriu, ela estava trancada”, explica o delegado

Na época do caso, um amigo do torcedor chegou a dizer que ele foi agredido com uma gravata por trás, mas a polícia afirma que o tepo todo eles estavam de frente um para o outro. “O Eros a todo momento estava de costas para a parede, e o segurança de frente para o Eros. Eles viram dentro da sala, o Eros de costas para a parede, o segurança segurando por baixo das axilas do Eros”. 

As câmeras não mostram o que ocorreu dentro da sala, já que o espaço, usado como depósito, não era monitorado por câmeras. Foi dentro do cômodo que ocorreu a eletrocussão. “Nesse momento da entrada, existia uma lanterna carregando em um benjamim. Essa parte superior do benjamim, junto com a lanterna, cai no chão. Os dois contatos ficam expostos e estavam ligados em uma voltagem de 220. Eros toma um choque”. Em seu depoimento, o segurança disse que o rapaz mostrou sinais de ter ficado sem ar e perdeu os sentidos. 

Sem mudar de posição, o segurança tira Eros da sala, segurando o rapaz por baixo das axilas. A saída é flagrada pelas câmeras. As imagens mostram a chegada de um segundo segurança, que não chega a auxilar o colega. O cruzeirense é colocado no chão. Amigos de Eros chegam e tentam socorrê-lo. Uma equipe de resgate chega em uma ambulância e faz manobras de massagem cardíaca. Ele foi levado para o ambulatório do estádio, onde foi entubado, e levado para o Hospital Odilon Behrens.

Fonte: Estado de Minas

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