16 de Março de 2016 às 14:22

Servidores reivindicam percentual mais alto de reajuste na Câmara Municipal, mas sessão é encerrada devido a protestos

Outro projeto que teve polêmica foi o que altera o Plano de Cargos, Salários e Carreira

Foi realizada ontem (15/03) a reunião ordinária da Câmara Municipal que teve o plenário lotado de servidores públicos municipais, que protestaram contra o reajuste de apenas 8%. Segundo o projeto do executivo o reajuste será concedido em duas vezes: 4% em março (percebido no salário de abril) e 4% (percebido no salário de outubro). Segundo o chefe do executivo os cargos de confiança ara os cargos de confiança (secretários, superintendentes das autarquias, assessores de gabinete e para o próprio prefeito) não vão ter reajuste.

Os servidores municipais não concordaram com o percentual proposto para o reajuste e querem pelo menos os 11% que o governo federal concedeu e que também foi o aumento concedido aos vereadores de Patrocínio (MG).

A reunião terminou antes do previsto, pois a Presidente da Casa, Marli Ávila, depois da terceira advertência que não deveria haver manifestações, suspendeu a reunião, sob protestos dos presentes.

Pelo lado da oposição se manifestaram os vereadores: Bebé, Marcilene, Malagoli e Gleice, não só sobre o reajuste abaixo do esperado, mas sobre um projeto que altera o Plano de Cargos, Salários e Carreira e permite a realização de novo concurso público municipal. Estes vereadores da oposição apresentaram emendas e foram a favor da retirada do projeto para "estudos". Sobre o reajuste abaixo do índice federal, dos vereadores da situação, se manifestou a favor dos servidores o vereador Cássio Remis.

Ao projeto que permite o concurso público, as vereadoras Marcilene Jacinto e Gleice Elias disseram que as emendas são para garantir os direitos dos servidores, mas a presidente Marli rebateu dizendo que o projeto está naquela casa há mais de um mês e que as emendas vieram em cima da hora. O vereador Bebé disse que a retirada do projeto para estudos "não vai matar ninguém, pelo contrário, vai evitar erros".

Ao final da reunião a Presidente Marli Ávila em entrevista a imprensa local explicou o motivo da paralisação da sessão devido aos protestos recorrentes, acusou os vereadores da oposição de estarem fazendo palanque em cima desse projeto e estarem obstruindo sua votação com emendas e retirada de pauta. Disse também que considera o reajuste baixo, que conversou com o prefeito e que o percentual deveria ser de pelo menos de 11%, mas ressaltou que muitas prefeituras da região ainda nem pagaram o 13º salário.

Ao saírem do plenário aos gritos de "vergonha, vergonha" os servidores públicos prometeram voltar numa próxima sessão e se for o caso, a convocação de uma greve para reivindicar o aumento que julgam ter direito.

Veja no vídeo abaixo alguns trechos da reunião