INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 110,60 cents/lb (+95 pontos/+0,86%) no vencimento maio/20, em recuperação frente às quedas recentes. E apesar das baixas dos últimos dias, o café, quando comparado com outros mercados, ainda tem um bom desempenho em meio à pandemia do Coronavírus.
Nesta semana, a venda de fundos explodiu no futuro do café com a perspectiva de um superávit global, depois que a Sucden Financial projetou hoje um superávit global de café de 2,9 milhões de sacas em 2020/21, recuperando-se acentuadamente de um déficit global projetado para 2019/20 de -5,5 milhões de sacas em 2019
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 109.47 e posteriormente em 108.33. Já resistências vistas em 111.92 e 113.23.
De acordo com a Somar Meteorologia, o bloqueio atmosférico ainda impede o avanço das frentes fria pelo Brasil e desta forma o ar seco toma conta do Centro e Sul do país, o que favorece a colheita do arabica do Paraná e da Região Sudeste, além do conilon capixaba. O Robusta de Rondônia ainda recebe algumas pancadas de chuva, de forma isolada, mas que pode paralisar momentaneamente o andamento da colheita.
DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,4120 (+1,95%), e bateu novo recorde de cotação nominal (sem considerar a inflação), em meio a expectativas de corte de juros, que levantam preocupações sobre a entrada de fluxo nos mercados brasileiros.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na segunda-feira que o cenário analisado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião -- quando avaliou que tanto uma redução maior no juro quanto afrouxamentos monetários adicionais poderiam se tornar "contraproducentes" -- mudou.
O corte da taxa básica de juros a mínimas recordes sucessivas tem sido fator de pressão sobre o real, uma vez que reduz rendimentos locais atrelados à Selic, tornando o cenário brasileiro menos atraente para o investidor estrangeiro. Esse contexto é ainda agravado pela pandemia de coronavírus e conflitos políticos recentes entre Executivo e Legislativo.
A moeda brasileira, em sintonia com os mercados emergentes em geral, também enfrentou saídas contínuas devido à aversão desenfreada ao risco, provocando uma corrida à segurança do dólar.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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