A experiência da perda é uma condição inerente à vida humana, presente desde o nascimento. O processo de elaboração e adaptação, frente a situação de perda, é o que chamamos de luto.

O ser humano precisa, ao longo da vida, lidar com os mais variados tipos de perda: perda da saúde, de um emprego, de uma relação, de um animal de estimação, enfim, de algo ou alguém importante. Entretanto, luto, nos remete principalmente a palavra morte, que, apesar de ser o destino da humanidade, é vivenciada em nossa cultura como algo trágico e, muitas vezes, difícil de superar.

A dolorosa tarefa de superação é enfrentada de diferentes formas, considerando que cada indivíduo reage a sua maneira aos desafios da vida. Contudo, uma sequência de sentimentos e comportamentos é frequentemente observado na pessoa enlutada e faz parte do processo natural de elaboração da perda: a não aceitação da morte, a raiva, a tristeza e, por fim a aceitação.

Não há prazo determinado para o fim do processo, mas a pessoa enlutada necessita de muita atenção e apoio. Crianças e adolescentes também precisam ser confortados, pois apesar da dificuldade de se expressarem, sofrem igualmente.

O sofrimento nesta fase é permitido e muitas vezes necessário para que o processo ocorra de maneira saudável. Apesar da dor, a vida deve continuar, é preciso buscar recursos para se adaptar, para se reestruturar, afinal, a morte é um fato e sua negação não é uma forma de solução.

O luto é uma reconstrução, seguir em frente pode ser uma tarefa difícil, mas sempre haverá alguém disposto a ajudar.