No dia 22/09, às 17 horas, a equipe da Polícia Rodoviária Federal estava em operação com radar, fiscalizando veículos que transitavam em excesso de velocidade na BR 365, km 330, próximo ao trevo de São Gonçalo do Abaeté, MG, quando perceberam o veículo Voyage, em atitude suspeita. Resolveram aborda-lo.
Não encontraram nada no veículo, mas perceberam o nervosismo do condutor. Assim, resolveram abordar, de forma mais minuciosa, outros veículos que passavam pelo local, momento em que foi parado um bi trem carregado de cigarros do Paraguai e constatado que os motoristas dos dois veículos estavam operando em conjunto para tentar evadir das fiscalizações.
A carga apreendida é de aproximadamente 20 milhões de cigarros, R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais). E será encaminhada para a Delegacia da Polícia Federal em Uberlândia.
Os motoristas do Voyage e do caminhão foram presos e encaminhados, também para a Delegacia da PF pela prática do crime de Receptação Qualificada, prevista no art.180, §1º do Código Penal. Eles tem 33 e 38 anos, e o motorista do caminhão afirmou que pegou a carga em Cascável, PR e tinha como destino Feira de Santana, BA.
Receptação qualificada
Art. 180, § 1º. Adquirir, receber, transportar , conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime :
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.
Os Problemas Envolvendo Cigarros do Paraguai
O cigarro do Paraguai é considerado mercadoria proibida no Brasil porque seu processo de fabricação não segue nenhum controle e a mercadoria distribuída aqui tem, em sua composição, elementos muito mais nocivos que os que comumente se encontram nos cigarros nacionais.
Recentemente uma pesquisa da universidade de Ponta Grossa revelou que estão na composição dos cigarros oriundos do Paraguai pelos de ratos, asas de inseto, pedaços de barbante, plástico e grãos de areia.
Além da maior nocividade à saúde, gera mais dois problemas ao Estado Brasileiro: por ser mais nocivo, o fumante brasileiro vai depender de assistência médica “mais rápido”. E normalmente, quem fuma cigarro do Paraguai são pessoas de baixa renda, que dependem do SUS – e o cigarro do Paraguai, como vem de forma clandestina para o Brasil, não paga imposto. Então o cidadão demanda mais do serviço de saúde sem dar nenhuma prestação para o Estado, ou seja, sem pagar.
Curiosamente, o cigarro que o Paraguai exporta não é comercializado nem dentro de suas próprias fronteiras, para seus cidadãos.
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