O proprietário de uma boate de Patrocínio foi levado para a Delegacia de Polícia Civil após divulgação de uma suposta festa que acontecia no interior do estabelecimento comercial. A ação descumpre decretos municipal e estadual que preveem medidas de prevenção ao coronavírus (COVID-19). O evento teria acontecido durante a madrugada deste domingo (25/04) e o proprietário foi detido pela Polícia Civil pela manhã.

Segundo a delegada de Polícia Civil, Camila Fajioli, após receber diversas denúncias de que havia ocorrido uma festa na Boate Colombo em Patrocínio, os investigadores deram início as diligencias e entraram em contato com o proprietário da boate, Diego Marins, que se prontificou a comparecer a Delegacia de Polícia Civil.

Durante depoimento, o proprietário disse que realmente realizou uma reunião de amigos na boate, mas que não abriu aquele estabelecimento comercial. Ele disse ainda que não houve venda de bebidas e que cada convidado levou a própria bebida. Ele foi autuado pelo crime de “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”, previsto no artigo 268 do código penal. A pena é de detenção, de um mês a um ano, e multa.

Ainda de acordo com a delegada, por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, Diego Marins assinou um Termo Circunstancial de Ocorrência e foi liberado. Além de responder inquérito da Polícia Civil, o empresário também vai responder as sanções administrativas por parte do poder público municipal.

Nossa equipe também entrou em contato com o secretário municipal de Segurança Pública, Trânsito e Transportes, Danilo Pereira, que informou que a boate já estava com o alvará suspenso, devido aos decretos estaduais e municipais que impedem o funcionamento deste tipo de estabelecimento comercial, além de outros. Segundo ele, agora o local foi interditado e multado em 5 UFM – Unidade Fiscal do Município, que é equivalente a pouco mais de dois mil reais.

Nas redes sociais, Diego Marins postou a seguinte mensagem:

“Sobre o ocorrido na noite de ontem na Colombo, venho esclarecer que a boate não estava em funcionamento como está sendo divulgado nas redes sociais e demais meios de comunicação.

Fui ao local com alguns amigos para beber, mas comercialmente não estamos funcionando a aproximadamente 2 meses.

A conduta é reprovável devido à pandemia? Sim, porém reprovável também é a forma como aumentam as notícias e as propagam de forma inconsequente.

Não fui preso como está sendo divulgado, fui prestar esclarecimentos sobre o fato (em meu próprio carro).

Você que compartilhou a notícia em algum grupo, compartilhe isso também por favor. Obrigado!

Att.

Diego Marins”

Foto: divulgação PCMG

Redação Igor Nunes Patos Noticias