29 de Outubro de 2017 às 03:34

Nível da “Represa” de Nova Ponte baixa rapidamente e assusta proprietários de ranchos e pescadores

Pouca chuva e necessidade de gerar energia acelera processo

 

Depois das primeiras chuvas no início de outubro, o que era esperança do nível do reservatório da Hidrelétrica de Nova Ponte se recuperar, ocorreu foi o contrário; o nível baixou rapidamente, assustando os assíduos frequentadores, que são os proprietários de ranchos e pescadores.

O nível do volume útil da represa que passou de 32% em 2017 e manteve estável acima de 25%, hoje chegou apenas 12%.

Nos locais de inundações, chamados popularmente de “bicos” a água secou e muitos tablados estão no chão seco.

No início da década o nível do reservatório esteve com 12%. Onze anos depois, em 2014 com menos de 10%.

Um dos motivos para a baixa repentina é que, além da estiagem prolongada e poucas chuvas neste início de primavera, o reservatório de Nova Ponte é regulador e abaixo ainda há mais três usinas: Miranda, Capim Branco I e II, que mantêm os níveis estáveis.

Estas três são usinas de fio d’água, onde toda a água que chega é utilizada para produção de energia, sem haver acumulação nos períodos de cheia, pois o reservatório não tem capacidade de acúmulo. A produção de energia é inconstante e a usina apresenta um baixo fator de capacidade.

(Veja gráfico das usinas da região acima)

Outro motivo da queda brusca dos níveis dos reservatórios na região é que há outros em situação bem pior e a CEMIG precisa continuar gerando energia.

Os níveis dos reservatórios da bacia do São Francisco estão em níveis críticos, como pode conferir neste gráfico.


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