INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 92,85 cents/lb (-5 pontos) no vencimento julho/19. O mercado chegou a oscilar dos dois lados da tabela, mas as recentes informações da oferta voltaram a dar o tom.
As exportações dos Cafés do Brasil, no primeiro trimestre de 2019, atingiram 9,97 milhões de sacas e receita cambial de US$ 1,30 bi, com o preço médio da saca de 60kg a US$ 131,08. Desse volume total exportado, 8,58 milhões de sacas foram de café arábica, 529,89 mil sacas de café robusta, 845,15 mil sacas de solúvel e apenas 3,13 mil sacas de 60kg de café torrado e moído. A despeito de ter havido um acréscimo expressivo no volume das exportações de 25,7% neste primeiro trimestre de 2019, se comparado com o mesmo período de 2018, o preço médio obtido por saca representou um decréscimo de 18,2%.
Especificamente em relação ao desempenho do primeiro trimestre, constata-se que o ranking dos dez principais destinos dos Cafés do Brasil foram, em primeiro lugar, os Estados Unidos com a importação de 1,8 milhão de sacas de café (18,2%), em segundo vem a Alemanha com 1,7 milhão de sacas (17,2%), e, em terceiro, a Itália, com 1 milhão de sacas (10,5%).
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 91,62 e posteriormente em 90.38. Já resistências vistas em 94,67 e 96.48.
De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria que passou pelo Sul do BRasil, provocando chuva inclusive em áreas produtoras de café do Paraná, agora está na altura do Sudeste, mas muito afastada da costa provoca apenas aumento de umidade, nebulosidade e chuva muito fraca e isolada, o que favorece o processo de colheita entre São Paulo, Sul de Minas e Triângulo.
DÓLAR
O dólar comercial fechou em leve alta no dia de hoje, cotado à R$3,9340 (+0,05%), com os avanços na tramitação da reforma da Previdência no radar dos investidores que retornaram do feriado de Páscoa, atentos às tratativas com os caminhoneiros.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deve votar a admissibilidade da reforma da Previdência na terça-feira após um adiamento na semana passada, que gerou aflição entre agentes financeiros.
A atenção dos investidores está em eventuais concessões e retiradas de pontos da proposta após o governo ter feito acenos nesse sentido em meio à ameaça de uma derrota.
A expectativa é de que o secretário especial de Trabalho e Previdência, Rogério Marinho, apresente ao Centrão algumas alterações no texto, mas as mudanças não trariam impacto fiscal, segundo ele.
Além da Previdência, outro tema passa a ter destaque no radar de participantes do mercado: as tratativas do governo para evitar uma eventual greve de caminhoneiros.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto Santos Cruz, afirmou que o governo está "entre a cruz e a espada" nas negociações com os caminhoneiros, de um lado pressionado pelas restrições econômicas e de outro ante uma decisão política que pode evitar paralisação da categoria.
No exterior, a agenda do dia foi tranquila, com os mercados europeus fechados em função de feriado.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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