A regra ainda é ter uma dieta equilibrada com objetivo de manter o peso adequado e a qualidade de vida já que obesidade gera maior risco para câncer de tireoide e problemas hormonais.
Alguns alimentos ingeridos em excesso e por longos períodos podem afetar o metabolismo da tiroide, apesar da proibição não ser usual para quem tem essas doenças. O mais importante é que se mantenha equilíbrio dentre os nutrientes ingeridos.
O principal é não exagerar no sal já que o mesmo é iodado e seu excesso pode piorar alguns distúrbios subclínicos (que não manifestaram ainda) ou que já estão em tratamento.
Outros alimentos podem causar bócio, os chamados bociogênicos. São eles o repolho, nabo, soja, cevada, centeio, ervilha, algas e couve. Esses alimentos devem ser consumidos no máximo duas vezes por semana.
O alerta maior é o da soja que contém fitoestrógenos e vem sendo recomendados com a finalidade de melhora cardiovascular e de sintomas da menopausa. Mas essas substâncias podem afetar o funcionamento da tireoide. Estudos in vitro mostraram que os fitoestrógenos presentes na soja diminuem ação periférica dos hormônios tireoideanos e afetam sua síntese por bloquear a enzima tireoperoxidase. Em indivíduos predispostos à doenças tiroideanas a ingestão de soja pode desencadear ou acelerar essa evolução.
Pacientes que já tem o hipotiroidismo e começam a ingerir fitoestrógenos podem necessitar de um leve ajuste na dose da medicação (levotiroxina). Não sendo possível determinar qual seria o consumo ideal de soja a fim de se evitar problemas na glândula.
Importante lembrar que portadores de hipotiroidismo não necessitam retirar o glúten da alimentação. Os trabalhos mostram maior prevalência de doença celíaca em portadores de tireodeopatias, mas só se deve retirar o glúten após confirmação de doença celíaca. Um dos sinais dessa doença é a dificuldade no ajuste da dose de levotiroxina pela má absorção causada pela doença celíaca.