10 de Fevereiro de 2020 às 15:46

Ex-capitão do BOPE do Rio, foragido por vários crimes, é morto pelo BOPE da Bahia

O ex-capitão do Bope, Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe do grupo de pistoleiros "Escritório do Crime"

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ESPLANADA (BA) - O ex-capitão do Bope, Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe do grupo de pistoleiros "Escritório do Crime", que comanda a milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste, foi morto neste domingo pelo mesmo Batalhão de Operações Especiais, mas da Bahia, após trocar tiros com os agentes numa área rural do município de Esplanada. A força especial foi criada há apenas cinco anos, em dezembro de 2014.

Sobre a operação que terminou na morte do Capitão Adriano, o Major afirma que o miliciano ainda estava com vida após o confronto com os policiais, e que chegou a receber primeiros socorros, mas não resistiu. Ele diz que toda a ação começou às 22h de sábado, quando a polícia do Rio chegou à Bahia.

Apontado como o chefe do Escritório do Crime, o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como Capitão Adriano, morreu em um confronto com policiais militares na manhã deste domingo (9), na zona rural da cidade de Esplanada (BA).

Foragido havia mais de um ano, ele era alvo de um mandado de prisão expedido em janeiro de 2019.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro passou a ser monitorado por equipes do órgão a partir de informações de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. O advogado de Adriano disse que o miliciano temia ser alvo de uma "queima de arquivo".

Em nota, a SSP-BA afirmou que Adriano era suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O nome do miliciano, no entanto, não consta do inquérito que investiga a morte da vereadora.

De acordo com a SSP-BA, Adriano Magalhães da Nóbrega foi localizado em um imóvel em Esplanada por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte e da Superintendência de Inteligência (SI) da SSP-BA. O imóvel é um sítio de um vereador do PSL de Esplanada, que negou a imprensa conhecer Adriano.

A operação de localização foi uma ação conjunta da SSP-BA e da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sepol).

Segundo a Sepol, Adriano da Nóbrega era investigado havia um ano pelo setor de inteligência do órgão e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público. Ao longo desse período, os agentes monitoraram o ex-policial militar para localizá-lo.

Destaque no Bope

Em 1999, apenas três anos após ingressar nas fileiras da PM, Adriano virou “caveira”, como são chamados os militares do Bope. Na tropa de elite, ele se firmou como um oficial duro e dedicado, que atormentava a vida dos alunos, criando situações extremas, vigiando-os 24 horas e surgindo no meio da madrugada, sem deixá-los dormir. Certa vez, quando o Bope recebeu caixas de fuzis Ak-47, desmontados, ele foi o primeiro a se aproximar das peças e montar o armamento sem sequer ler o manual. Colegas contam que isso ocorreu em poucos minutos.

Com informações Extra e G1 continue lendo - Fotos: divulgação


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