Com informações e fotos da da Agência Local de Comunicação Organizacional do 46º BPM*
PATROCÍNIO (MG) – A Polícia Militar realizou, na tarde de 7/5, a prisão de dois suspeitos no município de Patrocínio, por estarem aplicando golpes em idosos ao se passarem por servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo informações da Polícia Militar, uma mulher moradora do bairro Serra Negra, que é aposentada, relatou que os estelionatários vestiam supostos uniformes e crachás do IBGE e solicitaram permissão para tirar fotos dela, sob o pretexto de uma atualização cadastral do Governo Federal.
Segundo a PM, a mulher, que é analfabeta, não conseguiu confirmar a autenticidade das identificações e permitiu o registro das imagens.
Dois dias após o golpe, o banco entrou em contato com a vítima, solicitando a realização de prova de vida e, em diálogo com o responsável pelo banco, descobriram a fraude.
Segundo a PM, terceiros haviam criado uma conta digital no aplicativo Mercado Pago em nome da vítima e contratado um empréstimo bancário no valor de R$ 22.751,97. A conta também foi utilizada para realizar três transferências via PIX, totalizando R$ 7.400, sendo todas feitas no mesmo dia da abordagem.
Durante verificações, o banco identificou movimentações atípicas e bloqueou a conta suspeita.
A mulher foi questionada sobre o ocorrido e afirmou não ter autorizado nenhuma das transações, muito menos a criação da conta digital.
A vítima, após o fato, solicitou providências legais e pediu a investigação e diligências por parte das autoridades.
Segundo informações da PM, os suspeitos utilizavam crachás e vestimentas com identificação visual do IBGE para ganhar a confiança das vítimas.
Após cruzamento de informações obtidas em ocorrências policiais e pela inteligência policial, os suspeitos foram localizados no bairro Morada Nova e presos. Eles vinham sendo rastreados por praticar crimes de estelionato em diversas cidades do estado.
O modus operandi consistia em abordar idosos em suas residências sob o pretexto de atualização cadastral ou participação no Censo do IBGE.
Durante a abordagem, fotografavam os rostos das vítimas e solicitavam dados pessoais. Em posse dessas informações, os criminosos abriam contas bancárias digitais e contratavam empréstimos em nome das vítimas, efetuando posteriormente transações financeiras indevidas.
Durante a ação policial voltada ao combate aos crimes de estelionato, foram presos três suspeitos, sendo dois jovens, de 19 e 26 anos, e uma mulher de 24 anos.
Foram apreendidos um veículo que foi removido, 05 Autos de Infração de Trânsito (AITs) lavrados, 11 celulares, 02 crachás do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 03 chips de celular avulsos, 04 folhas com dados de vítimas e 02 camisas com identificação do IBGE.
O 46º BPM divulgou que, em Patrocínio, foram identificadas três vítimas, sendo uma idosa de 64 anos, que teve prejuízo de R\$ 22.751,97, com transações via PIX no valor de R\$ 7.400,00.
Já um idoso de 76 anos teve três empréstimos contratados em seu nome, totalizando R\$ 3.847,00.
E uma idosa de 68 anos teve empréstimos e transações não autorizadas em sua conta bancária; o valor total ainda está sendo apurado.
Nas demais cidades, também foram identificadas vítimas com grandes prejuízos. Em Varginha/MG, três vítimas: uma idosa de 66 anos sofreu prejuízo de R\$ 33.200,00; outra idosa de 66 anos teve perdas de R\$ 27.927,53; e uma idosa de 65 anos registrou prejuízo total de R\$ 29.367,00.
Em Lavras/MG, uma idosa de 65 anos teve seis empréstimos fraudulentos, com valores ainda em consolidação.
Em Três Pontas/MG, uma idosa de 60 anos teve sua conta bancária usada para contratações de empréstimos, transações via PIX e emissão de cartões.
Somando os valores já confirmados, os golpes causaram um prejuízo superior a R\$ 124.000,00, podendo esse montante aumentar com a identificação de novas vítimas.
*A Polícia Militar alerta a população, especialmente os idosos, para não fornecer informações pessoais ou permitir fotografias durante visitas domiciliares de desconhecidos, mesmo que uniformizados. Em caso de dúvida, acione imediatamente a PM pelo telefone 190.*
As vítimas que ainda não registraram ocorrência e que caíram nesse golpe devem procurar a unidade policial mais próxima o quanto antes, para evitar maiores prejuízos e contribuir com as investigações.