INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER 04/03
CAFÉ
Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 118,40 cents/lb (-380 pontos) no vencimento maio/20, em correção, após acumular valorização de 1085 pontos nos dois últimos pregões.
A partir de 1º de abril, os preços mínimos do café arábica e conilon, safra 2020/2021, terão aumento de 0,43% e de 15,31%, respectivamente. O reajuste é baseado na variação do custo de manutenção da lavoura, incluindo insumos, mão de obra e colheita, em relação à safra passada.
De acordo com o diretor de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Sílvio Farnese, o reajuste integra "a política de sustentação de preço, garante as condições de apoio de preços que garanta ao produtor a sua permanência na atividade, em caso de crise de preço no mercado”.
A medida foi publicada na Portaria Mapa nº 66 nesta quarta-feira (4), no Diário Oficial da União, depois de aprovada pelo Conselho Monetário Nacional.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 116.13 e posteriormente em 113.87. Já resistências vistas em 121.43 e 124.47.
De acordo com a Somar Meteorologia, a chuva mais volumosa se concentra nas áreas mais ao norte do Brasil e no caso do Sudeste, os maiores acumulados serão registrados entre norte de Minas e Espírito Santo. Dessa forma, a chuva se torna mais espaçada e menos intensa entre São Paulo e sul de Minas, o que permite os trabalhos em campo nas áreas do Arábica. Norte do Paraná segue com tempo mais firme.
DÓLAR
O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,5810 (+1,50%), pela 11ª sessão consecutiva, batendo pela primeira vez a cotação de R$ 4,57, um novo patamar recorde nominal (sem considerar a inflação), com os investidores de olho na divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que registrou alta de 1,1% em 2019. O mercado segue atento também aos próximos passos do Banco Central do Brasil após corte de juros surpresa pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
Na noite de terça, o Banco Central informou, por meio de nota, que uma análise 'mais precisa' dos efeitos do coronavírus na economia será possível em duas semanas. A nota abriu a possibilidade de uma nova redução da taxa básica de juros (Selic) - atualmente, em 4,25% ao ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reunirá em 17 e 18 de março para deliberar sobre a taxa de juros, que está em patamar mínimo recorde de 4,25% ao ano.
No mesmo dia, de forma extraordinária, o BC dos Estados Unidos cortou em 0,5 ponto percentual a taxa de juros do país, estabelecida entre 1% e 1,25%, em resposta aos possíveis impactos do coronavírus na economia do país.
Os recentes cortes da Selic a mínimas históricas reduziram a diferença entre as taxas pagas pelos títulos brasileiros e os papéis norte-americanos -- considerados os mais seguros do mundo. Assim, o investidor estrangeiro tem tido menos estímulo para aplicar na renda fixa local, o que prejudica o fluxo cambial e recentemente colaborou para a alta do dólar a sucessivas máximas recordes.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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