5 de Março de 2020 às 23:25

Dólar sobe marcando novo recorde nominal; saiba também como está o mercado do Café

Informativo Diário Expocaccer

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CAFÉ

 Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 111,35 cents/lb (-705 pontos) no vencimento maio/20, em correção, devolvendo exatamente os 1085 pontos acumulados nesta semana.
 
A Organização Internacional do Café (OIC) diminuiu hoje sua projeção para o déficit de oferta da commodity na safra 2019/2020. Pelos cálculos da entidade que tem sede em Londres, o consumo será maior que a oferta no atual ciclo em 480 mil sacas. Há um mês, a estimativa da instituição era de que o déficit fosse de 630 mil sacas. "O Covid-19, no entanto, apresenta um risco considerável de queda no consumo global de café", considerou a Organização no seu relatório mensal divulgado há pouco sobre os impactos para o setor da disseminação do coronavírus.
Os dados apresentados hoje pela OIC revelam a expectativa de que a produção mundial de café em 2019/2020 seja de 168,86 milhões de sacas, uma queda de 0,8% em relação ao ciclo anterior. A produção de arábica deve recuar 3,9%, para um total de 96,37 milhões de sacas, enquanto a de robusta pode ser ampliada em 3,7%, para 72,5 milhões de sacas. Já o consumo mundial de café nesta safra foi estimado pela OIC em 169,34 milhões de sacas, um incremento de 0,7% em relação a 2018/19, após um ano de “crescimento excepcional” do consumo na Europa e na América do Norte.
No mês passado, a Organização previa que a produção global seria de 168,71 milhões de sacas e a demanda mundial, de 169,34 milhões de sacas.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 108.88 e posteriormente em 106.42. Já resistências vistas em 115.83 e 120.32.

De acordo com a Somar Meteorologia, a chuva mais volumosa continua nas áreas mais ao norte do Brasil e no caso do Sudeste, os maiores acumulados seguem entre norte de Minas e Espírito Santo. Dessa forma, a chuva se torna mais espaçada e menos intensa entre São Paulo e sul de Minas, o que permite os trabalhos em campo nas áreas do Arábica. Norte do Paraná segue com tempo mais firme.

DÓLAR

O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,6530 (+1,57%), alcançando pela primeira vez o patamar de R$ 4,65 e marcando novo recorde nominal (sem considerar a inflação) de fechamento, em meio a expectativas de corte de juros devido aos riscos econômicos do coronavírus. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reunirá em 17 e 18 de março para deliberar sobre a taxa de juros, que está em patamar mínimo recorde de 4,25% ao ano.

Em todo o mundo o foco seguiu no surto de coronavírus em rápida expansão, que já atingiu cerca de 95 países, infectando mais de 95 mil pessoas, causando a morte de mais de 3 mil e ameaçando interromper as cadeias de suprimento mundiais.

Segundo muitos analistas, colaborando para esse movimento está a expectativa de corte de juros no Brasil, depois que vários bancos centrais, incluindo o Federal Reserve, iniciaram movimentos de flexibilização monetária em defesa contra os riscos do coronavírus.

A redução sucessiva da Selic a mínimas históricas tornou alguns rendimentos baseados na taxa de juros brasileira menos atraentes para o investidor estrangeiro, o que recentemente prejudicou o desempenho do real.

Italo Henrique/Expocaccer
 


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