28 de Fevereiro de 2020 às 13:42

Dólar em alta pela sétima sessão consecutiva e renovando o patamar recorde de fechamento nominal; café caiu

Boletim Expocaccer 27-02

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 109,75 cents/lb (-90 pontos) no vencimento maio/20, em leve correção frente as altas recentes.

Os climas nas lavouras também influenciaram nas altas recentes e, de acordo com o site internacional Barchart, as chuvas expressivas que atingem as regiões produtoras estão 304% acima da média histórica, de acordo com dados da Somar Meteorologia. E essas fortes chuvas saturaram as áreas de café do Brasil e podem impactar negativamente na produção.
 
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 108.27 e posteriormente em 106.78. Já resistências vistas em 112.17 e 114.58.

De acordo com a Somar Meteorologia, a presença da frente fria provoca grandes acumulados de chuva no Sudeste do Brasil. Nos próximos dias, são esperados acumulados em torno de 70mm entre São Paulo e sul de Minas Gerais. Já entre Espírito Santo e o Cerrado mineiro, os acumulados podem ultrapassar 130mm nos próximos cinco dias.

DÓLAR

 O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,4770 (+0,58%), subindo pela sétima sessão consecutiva e renovando o patamar recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação), em meio aos persistentes temores sobre a expansão do coronavírus e impactos na economia global.

Mais cedo, nesta quinta, os mercados operaram em forte queda diante dos temores de que a propagação do coronavírus pelo mundo possa afetar a economia global. Um porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o coronavírus terá um impacto no crescimento econômico global.

Em ação de apoio ao real, o BC vendeu US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial tradicional para conter a volatilidade. Na véspera, a autoridade monetária havia colocado US$ 500 milhões nesses ativos, em oferta líquida.

O número de novas infecções por coronavírus na China, fonte do surto, foi pela primeira vez superado por novos casos no restante do mundo na quarta-feira, aumentando os temores de uma pandemia.

Por conta de fluxos elevados de capitais para mercados de menor risco, o dólar segue se valorizando frente a outras moedas, em especial moedas de países emergentes como o real.
No exterior, as principais bolsas europeias recuaram, após mais empresas alertarem que o surto afetará seus lucros e resultados, incluindo Microsoft e AB InBev. Na China, as bolsas fecharam em leve alta, com um menor número de mortes devido ao coronavírus e após o governo sinalizar mais suporte para a economia doméstica.

Embora o maior número de casos confirmados e os principais impactos ainda estejam concentrados na China, os temores de uma pandemia intensificaram-se com autoridades pelo mundo lutando para prevenir a disseminação do vírus, que já foi registrado em cerca de 30 países, gerando interrupção de produção e consumo na China, e também a paralisação de algumas atividades em países como Coréia do Sul, Japão e Itália.

No Japão, todas as escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio foram orientadas nesta quinta a ficar fechadas até o fim das férias da primavera em abril para ajudar a conter o surto.


Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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