7 de Maio de 2020 às 08:33

Dólar comercial fecha quarta-feira com mais um recorde de cotação nominal; café cai

Boletim Diário Expocaccer

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 110,60 cents/lb (-5 pontos/-0,05%) no vencimento julho/20. Os preços registraram quedas ao longo do dia, mas o pregão foi marcado pela estabilidade após altas de mais de 300 pontos na terça-feira (5).

Os preços do café reagindo a notícias de hoje de que as exportações de café da Colômbia em abril caíram -32% a / a para 592.000 sacas. Registrando também redução de 28% na produção de café no mês de abril, totalizando 744 mil sacas de 60 quilos, com comparação de 1,031 milhão de sacas no mesmo período em 2019. As informações são da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 109.15 e posteriormente em 107.70. Já resistências vistas em 111.45 e 112.30.

De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria já se aproxima da Região Sudeste, onde até amanhã, quinta-feira, irá provocar chuva e também o declínio acentuado da temperatura, especialmente no final da semana. Com a chegada do sistema existe o risco de ventania com rajadas de até 60km/h no sul de Minas, o que poderá derrubar grãos em algumas lavouras. Na sexta-feira o tempo já fica mais firme. A temperatura cai de forma acentuada, mas sem o risco para formação de geadas no café, já que as mínimas estarão acima dos 5 graus durantes as madrugadas no final desta semana.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,7040 (+2,03%), e bateu mais um recorde de cotação nominal (sem considerar a inflação), fechando no patamar de R$ 5,70 pela primeira vez. A alta veio em dia de definição da nova taxa básica de juros do país, previamente estabelecida em 3,75%, que hoje sofreu reajuste de 75bps para 3,00%, e após a agência de classificação de risco Fitch revisou a perspectiva da nota de crédito do Brasil para negativa.

Os cortes sucessivos da taxa têm sido fator de pressão sobre o real, uma vez que reduzem os rendimentos de investimentos atrelados aos juros básicos, tornando o Brasil menos atraente quando comparado a países com juros maiores e nível de risco semelhante.

Na véspera, a agência de classificação de risco Fitch manteve a nota de crédito do Brasil em BB-, mas revisou a perspectiva para negativa. Em nota, a agência apontou que a revisão reflete a deterioração das perspectivas econômicas e fiscais do país, e os riscos negativos tanto por conta da incerteza política quanto sobre a duração e intensidade da pandemia de coronavírus.

Além disso, amargando o sentimento nos mercados internacionais, dados desta quarta-feira mostraram que os empregadores do setor privado dos Estados Unidos demitiram um recorde de 20,2 milhões de trabalhadores em abril, depois que o fechamento obrigatório dos negócios em resposta ao surto de coronavírus devastou a economia.

Já a Comissão Europeia projetou nesta quarta uma contração recorde da economia da zona do euro em 2020. A instituição prevê que o PIB das 19 economias da zona do euro em seu conjunto devem ter uma contração de 7,7% este ano.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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