
O diabetes é uma doença associada a um elevado estresse emocional. Isso porque exige do paciente muita dedicação, disciplina, vigilância e vários cuidados.
Além disso, traz no seu curso preocupações maiores do que aquelas que a vida nos proporciona. O paciente diabético se preocupa com a família, com os estudos, com dinheiro, com profissão como qualquer pessoa comum, mas também teme as amputações, cegueira, hemodiálise e tantas outras complicações causadas pelo mau controle da glicose.

Esse cenário turbulento e assombroso pode culminar com depressão.
Vinte por cento dos pacientes diabéticos tipo 2 tem depressão. E a prevalência dessa doença é maior entre os pacientes diabéticos do que na população geral.
A presença de depressão maior nos pacientes diabéticos está associada a menor qualidade de vida e maior dificuldade de controle da glicemia e outros fatores ligados ao diabetes.
Como identificar a depressão?
A Associação Americana de Psiquiatria preconiza a necessidade de pelo menos cinco dos nove sintomas descritos abaixo para o diagnóstico de depressão.

O diagnóstico e tratamento adequado e correto da depressão traz um impacto direto na melhoria da qualidade de vida do paciente e no controle do diabetes.
Equilibrado e em paz o paciente consegue energia para atividade física, por outro lado, a atividade física auxilia no tratamento da depressão.
A alimentação saudável também é uma arma importante no controle das duas doenças. Alguns alimentos atuam produzindo endorfinas e serotoninas no sistema nervoso central, melhorando o humor deprimido. Assim, evite gorduras, frituras, açúcares e faça uso regular das frutas e castanhas. A regra é: alimentação saudável e balanceada.
Além da dieta saudável, atividade física e medicamentos prescritos pelo seu médico, é bem provável que você vá precisar de um psicólogo. As pesquisas indicam uma melhora substancial dos pacientes que aceitam a terapia, principalmente a terapia cognitivo comportamental.
A escolha do anti-depressivo deve ser cautelosa. Alguns anti-depressivos podem interferir no controle da glicemia. Além disso, deve-se evitar o uso indiscriminado de benzodiazepínicos que estão relacionados a déficits de memória e outras complicações. Assim, o médico é o profissional adequado para realizar o diagnóstico e medicar de forma correta um paciente diabético com sintomas de depressão. Sendo também necessário seu acompanhamento em longo prazo a fim de garantir o sucesso terapêutico.
A relação médico-paciente deve ser de confiança e amizade.

Hábitos que podem auxiliar:
Converse com seu médico a respeito dos seus sentimentos. Abra seu coração a fim de que ele possa te auxiliar e não pratique a auto-medicação.
Todos juntos para vencer a depressão: paciente, psicólogo, nutricionista, educador físico, médico, familiares e amigos.
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