23 de Janeiro de 2020 às 19:22

Cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

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CAFÉ

Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 112,60 cents/lb (+160 pontos) no vencimento março/20, após 5 pregões seguidos de queda.

As primeiras estimativas para a safra de café 20/21 indicam que o Brasil deve colher um bom volume. Na última quinta-feira, 16, a Conab indicou que a produção pode alcançar entre 57,15 e 62,01 milhões de sacas de 60 kg (arábica e robusta), aumento de 15,9% a 25,7% em relação à temporada 2019/20.
Agentes consultados pelo Cepea acreditam em números semelhantes aos da Conab, sendo que, para a maioria deles, a safra deve se aproximar ou superar 60 milhões de sacas. A recuperação se deve ao período de bienalidade positiva dos cafezais de arábica e às boas condições climáticas desde o fim de 2019, que devem favorecer o enchimento dos grãos e, consequentemente, o rendimento no beneficiamento.
Ainda assim, grande parte dos colaboradores do Cepea acredita em produção inferior ao recorde da temporada 2018/19, fundamentados nas adversidades climáticas no segundo semestre de 2019, que debilitaram os cafezais e resultaram na queda de algumas flores e chumbinhos naqueles meses.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 110.93 e posteriormente em 109.27. Já resistências vistas em 113.98 e 115.37.

De acordo com a Somar Meteorologia, sistema de baixa pressão atmosférica alcança a costa da Região Sudeste e dá origem a um ciclone subtropical denominado "KURUMÍ" (menino em tupi guarani). O fenômeno organiza a umidade da Amazônia e causa chuva constante e com elevado acumulado no Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e Goiás. Nas áreas produtoras de café, o acumulado entre 100mm e 200mm aumenta o nível de reservatórios para irrigação complementar, mas paralisa as atividades de campo e aumenta o risco de deslizamentos e enxurradas pelos próximos cinco dias.

DÓLAR

O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$4,1670 (-0,21%), com temores sobre o surto de coronavírus na China sendo compensados pela expectativa de fim do ciclo de cortes de juros pelo Banco Central após a divulgação da prévia da inflação de janeiro.

Internamente, o mercado acompanhou a divulgação da prévia da inflação de janeiro, que é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), do IBGE. O índice avançou 0,71% em janeiro, maior resultado para o mês desde 2016.

O resultado levantou as apostas sobre o fim do ciclo de corte de juros pelo Banco Central, reduzindo a pressão sobre o real.

Na cena externa, a disseminação do coronavírus na China ainda preocupa investidores e chegou a pressionar o dólar no início do pregão. Nesta quinta (23), os índices acionários da China fecharam com queda de cerca de 3%, maior recuo em quase nove meses, uma vez que os investidores se desfizeram de ações relacionadas a restaurantes, cinemas, companhias aéreas e parques temáticos após o isolamento da cidade de Wuhan para conter o coronavírus.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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