A anestesiologia tem como seu marco histórico a data de 16 de outubro de 1846, considerada a data em que se realizou a primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral.
Naquele dia, às dez horas, no anfiteatro cirúrgico do Massachusetts General Hospital, em Boston, o cirurgião John Collins Warren realizou a retirada de um tumor no pescoço de um jovem de dezessete anos, chamado Gilbert Abbot. O paciente foi anestesiado com éter pelo dentista William Thomas Green Morton, que utilizou um aparelho inalador por ele idealizado.
Desde então, os estudos em anestesiologia sempre buscaram encontrar medicamentos com menos efeitos colaterais e de curta duração, propiciando assim o bem-estar do paciente. Além disso, sempre se buscou formas de monitorização dos dados vitais para assim reduzir os riscos do ato anestésico-cirúrgico. Com toda evolução farmacológica, de monitorização e de técnica, a anestesia tornou-se um ato extremamente seguro e eficaz.
Existem dois tipos básicos de anestesia: anestesia geral e bloqueios. Dentre os bloqueios, temos: raquianestesia, peridural e bloqueios de nervos periféricos.
A anestesia geral consta de hipnose, analgesia e imobilidade, ou seja, o paciente deve estar dormindo, sem dor e sem apresentar movimentos. Durante a anestesia geral demanda-se assistência ventilatória já que ela implica em algum tipo de ajuda para o paciente respirar, como o uso de cânulas, máscaras especiais (máscaras faciais ou máscaras laríngeas) ou tubos traqueais (sondas que são passadas dentro da traquéia). A respiração pode ser espontânea, quando controlada pelo próprio paciente, ou artificial, quando controlada pelo aparelho de anestesia.
A anestesia geral pode ser realizada através da injeção de medicamentos na veia (anestesia geral venosa) ou através da inalação de gases anestésicos (anestesia geral inalatória). Mais frequentemente utiliza-se estas duas técnicas combinadas (anestesia geral balanceada). Ocasionalmente associa-se também algum tipo de bloqueio à anestesia geral, geralmente objetivando reduzir a dor no pós-operatório. Os medicamentos podem ser administrados continuamente ou em doses fracionadas.
Os bloqueios são anestesias em que uma determinada parte do corpo fica anestesiada. São utilizados geralmente para cirurgias de membros (braços e pernas) e parte inferior do abdômen. Quando aplicados na região da coluna espinhal são denominados bloqueios do neuroeixo; quando aplicados em outras regiões do corpo são denominados bloqueios periféricos.
Os bloqueios do neuroeixo podem ser de dois tipos: raquianestesia e anestesia peridural.
Estas técnicas diferem entre si pelo local onde se aplica o anestésico: na anestesia peridural o anestésico é depositado no espaço peridural e na raquianestesia o anestésico é injetado no espaço subaracnóideo, onde se encontra o líquor. Outra importante diferença é a quantidade de anestésico administrado nestas duas técnicas, que é maior na peridural do que na raquianestesia.
Os bloqueios periféricos são realizados através da injeção de anestésicos locais no trajeto de nervos e geralmente são indicados para cirurgias de braço, mão, pé, etc.
Os bloqueios podem ser realizados com o paciente sedado, desde que não haja contraindicação formal, de forma a promover maior conforto. Por este motivo, muitas vezes o paciente nem se lembra do momento da aplicação do bloqueio anestésico.
A Santa Casa de Patrocínio possui hoje equipamentos modernos e de qualidade além de uma quantidade de medicamentos que permitem a realização de todos os tipos de anestesia de maneira eficaz e segura.
Atualmente, os anestesiologistas do corpo clínico da Santa Casa são: Dr. Carlo Nansen Rossi CRM-MG 28401, Dr. Edson de Moura Cabral CRM-MG 20517, Dra. Lilian Aparecida Ferreira Gasperin CRM-MG 48604 e Dr. Lucas Rodrigues Caldas CRM-MG 45836, todos profissionais devidamente qualificados em grandes centros acadêmicos e com especialidade registrada no Conselho Regional de Medicina, fatos que permitem a execução de anestesias qualificadas e seguras.
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