19 de Setembro de 2014 às 07:51

Captura de Tamanduá Bandeira no Centro de Cruzeiro da Fortaleza causa curiosidade

A captura do animal em risco de extinção na América Latina (já extinto no Uruguai) foi feita por equipe da Polícia Militar do Meio Ambiente e o ambientalista Carlos Leão.

Na manhã da quinta-feira, 18, uma equipe de policiais do Meio Ambiente formada pelo Sargento Fábio e o Sargento Rocha acionada para resgatar um Tamanduá Bandeira  no centro da cidade de Cruzeiro da Fortaleza (MG), contando com o apoio do ambientalista Carlos Leão. A equipe se deslocou para cidade vizinha , onde com o apoio de um militar local e populares encontraram o animal recolhido em uma pequena obra.

O Tamanduá estava com uma corda amarrada por um popular,  que foi alertado pelo ambientalista e militares do Meio Ambiente que tentar capturar animais selvagens sem ter nenhum treinamento é muito perigoso.

Usando de técnica apropriada e equipamentos, os militares e o ambientalista recolheram o tamanduá na gaiola própria para o transporte, onde foi analisado e constatado que não havia nenhuma lesão, foi levado a uma reserva e recolocado no seu habitat natural.

A captura causou muita curiosidade e diversão, principalmente entre as crianças de Cruzeiro da Fortaleza.

Myrmecophaga tridactyla

O tamanduá-bandeira (nome científico: Myrmecophaga tridactyla), também chamado iurumi, jurumim, tamanduá-açu, tamanduá-cavalo, papa-formigas-gigante e urso-formigueiro-gigante,  é um mamífero xenartro da família dos mirmecofagídeos, encontrado na América Central e na América do Sul. É a maior das quatro espécies de tamanduás e, junto com as preguiças, está incluído na ordem Pilosa.

Tem hábito predominantemente terrestre, diferente de seus parentes próximos, o tamanduá-mirim e o tamanduaí, que são arborícolas, Bandeira mede entre 1,8 e 2,1 metros de comprimento e pesa até 41 kg. É facilmente reconhecido pelo seu focinho longo e padrão característico de pelagem. Possui longas garras nos dedos das patas anteriores, o que faz com que ande com uma postura nodopedálica. O aparelho bucal é adaptado a sua dieta especializada em formigas e cupins, mas em cativeiro ele pode ser alimentado com carne moída, ovos e ração, por exemplo. A longa pelagem o predispõe a ser parasitado por ectoparasitas, como carrapatos.

É encontrado em diversos tipos de ambientes, desde savanas a florestas. Prefere forragear em ambientes abertos, mas utiliza florestas e áreas mais úmidas para descansar e regular a temperatura corporal. É capaz de nadar em rios amplos. Seus predadores incluem grandes felinos, como a onça-pintada e a suçuarana, e rapinantes podem predar filhotes. Apesar dos territórios individuais muitas vezes se sobreporem aos de outros, são animais primariamente solitários, sendo encontrados com outros somente em situações de cortejamento de fêmeas ou encontros entre machos e fêmeas cuidando de filhotes.

Se alimenta principalmente de formigas e cupins, utilizando suas garras para cavar e a língua para coletar os insetos.

O tamanduá-bandeira é listado como "vulnerável" pela IUCN. Foi extinto em algumas partes de sua distribuição geográfica, como no Uruguai, e corre grande risco de extinção na América Central. As principais ameaças à sobrevivência da espécie são a caça e a destruição do habitat e é um animal susceptível a ser atingido fatalmente por incêndios e atropelamentos. Apesar do risco de extinção, pode ser encontrado em inúmeras unidades de conservação, onde muitas vezes é abundante. Sua morfologia peculiar chamou a atenção de diversos povos, como na bacia Amazônica, e até hoje é retratado por muitas culturas, seja de forma carismática ou aterrorizante.