27 de Abril de 2020 às 18:28

Café em baixa e dólar em alta nesta segunda-feira, 27/04

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER CAFÉ

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Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 106,20 cents/lb (-55 pontos/-0,51%) no vencimento julho/20. 

A colheita do café arábica do Brasil está prestes a começar nas principais regiões produtoras do país. E apesar de tudo indicar que a safra brasileira neste ano será marcada por uma boa produtividade e com grãos de qualidade, a chegada do outono e a queda nas temperaturas ainda pedem que o produtor fique atento com o surgimento de pragas e doenças.

Nas regiões produtoras, a tendência é de chuvas cada vez mais esparsas e fracas, com volumes mais baixos e predominância de tempo seco. O maior risco, nas próximas semanas, é a ocorrência de geadas pontuais nas áreas produtoras do Paraná, o que pode prejudicar a produção. Na segunda quinzena de maio e especialmente em junho, geadas também podem ocorrer pontualmente em São Paulo e Minas Gerais. 
A queda de temperaturas e o tempo mais seco, característicos da estação, favorece surgimento da phoma, que pode gerar prejuízos ao cafeeiro, como desfolha e seca de ramos. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 105.03 e posteriormente em 103.87. Já resistências vistas em 108.23 e 110.27.

De acordo com a Somar Meteorologia, o bloqueio atmosférico perdeu força e voltou a chover no Sul do páis, mas a chuva ocorre apenas nas áreas mais próximas ao Uruguai. No Paraná e em praticamente todo o Sudeste, o tempo segue seco ao longo de toda esta semana, o que favorece a colheita do Arábica nestas regiões. No Espírito Santo, ocorrem alguna episódios de chuva, mas de maneira fraca, localizada e rápida, o que pouco prejudica o andamento da colheita. O Robusta de Rondônia ainda recebe algumas pancadas de chuva, de forma isolada, e que pode paralisar momentaneamente o andamento da colheita.

DÓLAR

O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,6680 (+0,12%), após comentários do presidente Jair Bolsonaro sobre sua relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas não durou muito. A moeda fechou quase estável - ainda assim, voltou a bater recorde nominal de cotação (sem considerar a inflação), diante do cenário de juros baixos e pouca entrada de fluxo nos mercados brasileiros.

Em uma tentativa de demonstrar união dentro do governo, Bolsonaro apareceu ao lado de ministros ao deixar o Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, e afirmou que o "homem que decide a economia" no Brasil é o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmando sua confiança no no chefe da equipe econômica.
Já o ministro disse que o governo segue firme em sua política econômica de responsabilidade fiscal. Ele afirmou que os gastos públicos extraordinários feitos em decorrência da crise do coronavírus são uma "exceção" na condução da política econômica.

Nesta segunda, o mercado passou a estimar retração de 3,34% do PIB em 2020, segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, e diversos bancos e consultorias avaliam que o país corre o risco de enfrentar uma nova recessão. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê queda de 5,3% do PIB do Brasil neste ano.

Analistas também avaliaram os dados da pesquisa da FGV que apontou que a confiança do consumidor desabou ao menor nível da série histórica iniciada em setembro de 2005. Segundo o levantamento, houve perda de confiança para consumidores em todas as classes de renda, principalmente para famílias de menor poder aquisitivo (até R$ 2,1 mil).

Enquanto isso, no cenário internacional, o clima era otimista nesta segunda-feira diante da expectativa de flexibilização das quarentenas e de estímulo monetário nas principais economias do mundo.


Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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