12 de Maio de 2020 às 11:06

Café em baixa e dólar em alta nesta segunda-feira, 11/05

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 110,75 cents/lb (-90 pontos/-0,81%) no vencimento julho/20.

No decorrer da última semana, o café em Nova Iorque sentiu o baque, inicialmente, foi a US$ 106.30 centavos, mas voltou para cima de US$ 110 centavos ajudado pela primeira frente fria no outono brasileiro.

Muito embora não haja o risco de geada no cinturão do café, parte das novas vendas especulativas foram recompradas antes do fim de semana e o prognóstico de chuva para esta semana pode atrapalhar as regiões que estão colhendo.

A chegada de cafés novos tem agradado do ponto de vista de qualidade, por mais que seja muito cedo para falar, e as fotos que circulam nos grupos de café animam pelo sempre cuidadoso manejo dado pelos produtores. Há um certo desencaixe, entretanto, da demanda, mesmo na de curto-prazo que estava aquecida nas primeiras semanas do isolamento social, e com isso mantem os diferenciais largos.

Os torradores que ficaram receosos com um possível rompimento na cadeia de suprimento, dadas ameaças iniciais de paralisação de portos ou de uma morosidade maior do fluxo, se abasteceram com cafés disponíveis em suas praças ou anteciparam embarques, garantindo um estoque estratégico e agora aguardam o comportamento do consumo.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 109.30 e posteriormente em 107.85. Já resistências vistas em 112.55 e 114.35.

De acordo com a Somar Meteorologia, a semana começa com tempo firme na maioria das regiões produtoras do Sul e Sudeste do Brasil, o que permite o andamento da colheita nestas áreas. No decorrer do dia, uma área de baixa pressão irá se formar na altura do Paraguai e amanhã a chuva associada a este sistema já deverá alcançar as áreas de café do Paraná. Na quarta-feira, junto com uma frente fria na costa, estas áreas de instabilidade se espalham um pouco mais pelo centro e sul do Brasil e alcançam São Paulo e sul de Minas e até o final da semana deve voltar a chover também no Espírito Santo. No Robusta de Rondônia, entre hoje e a quinta-feira tem previsão para pancadas de chuva, que podem paralisar momentaneamente os trabalhos em campo.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,8180 (+1,28%), voltando a superar R$ 5,80, com renovadas preocupações com o avanço da pandemia de coronavírus e o impacto na atividade econômica mundial e brasileira, além da permanência das incertezas no campo político brasileiro.

A semana começou com viés negativo nos mercados internacionais, com os investidores adotando a cautela sobre uma segunda onda de infecções por coronavírus conforme vários países reabrem suas economias. As principais bolsas internacionais e o barril de petróleo tiveram queda nesta segunda.

Possíveis sinais de uma segunda onda de infecções por coronavírus preocuparam os investidores após o registro em Wuhan, epicentro da doença na China, do primeiro grupo de novos casos desde o fim da quarentena na região há um mês.

Novas infecções também aceleraram na Alemanha, dias após o relaxamento das medidas de isolamento social, levantando temores de que a pandemia possa sair novamente do controle. A Coreia do Sul também alertou sobre uma segunda onda do vírus no domingo.

A alta do dólar nos últimos dias ocorre diante de um intenso desconforto no mercado local de câmbio ditado pela combinação entre juros cada vez mais baixos, economia em colapso e persistentes incertezas do lado político.

Bolsonaro afirmou na semana passada que vai vetar parte do projeto de auxílio aos Estados aprovado pela Congresso que excluiu algumas categorias de servidores de regra de congelamento salarial, atendendo a recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Antes dos mais recentes ruídos políticos, o câmbio já vinha se depreciando, sob pressão da queda constante dos diferenciais de juros entre o Brasil e o mundo. O Copom não apenas cortou a Selic além da magnitude de 0,50 ponto esperada por ampla parte do mercado como indicou possibilidade de outra flexibilização monetária nesse tamanho na próxima reunião do colegiado, nos dias 16 e 17 de junho.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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