4 de Agosto de 2020 às 08:57

Café em baixa e dólar em alta nesta segunda-feira, 03/08

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 117,90 cents/lb (-105 pontos/-0,88%) no vencimento setembro/20. Os preços do café iniciaram o pregão com quedas, mas as perdas recuaram no início da tarde mesmo após os dados da exportação da Costa Rica serem divulgados.

O consumo de café dentro de casa, que aumentou durante a pandemia de covid-19, com mais pessoas fazendo home office, não deve compensar a forte queda da demanda decorrente de cafés e restaurantes fechados. A queda nos futuros do café arábica este ano coloca o produto entre as commodities com pior desempenho, junto com petróleo nos EUA. Mas analistas dizem que os preços do café podem reagir se as medidas de estímulo governamentais fizerem o consumidor a buscar mais a bebida ou incentivarem idas a cafés e restaurantes.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 115.80 e posteriormente em 113.70. Já resistências vistas em 119.85 e 121.80.

De acordo com a Somar Meteorologia, devemos ter tempo seco na maior parte das áreas de café nesta semana. A chuva alcança somente uma área entre a região de Colatina-ES e o sul da Bahia (Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista). Apesar da presença de uma onda de calor no Sul, esperam-se temperaturas um pouco abaixo da média nas áreas produtoras nos próximos sete dias. A chuva retornará à Região Sul em meados do mês, mas até o dia 17 de agosto, ela não alcançará as áreas produtoras do Paraná, São Paulo e sul e cerrado de Minas Gerais.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,3140 (+1,87%), superando R$ 5,30, em início de semana marcado pelo foco no aumento de casos de coronavírus e nas negociações de um pacote de auxílio econômico nos Estados Unidos, enquanto os investidores aguardavam a decisão do Banco Central do Brasil eventual novo corte na taxa básica de juros do país.

Um impasse no Congresso norte-americano causado por divergências entre republicanos e democratas sobre o tamanho de um pacote de auxílio preocupava investidores de todo o mundo, uma vez que a economia dos Estados Unidos está longe de uma recuperação e segue ameaçada pela alta nos casos de coronavírus no país.

Além disso, em meio à deterioração das finanças públicas do país e à ausência de um plano crível de consolidação fiscal, a agência de classificação de risco Fitch reduziu na sexta-feira, após o fechamento dos mercados, a perspectiva para o rating dos Estados Unidos de "estável" para "negativa".

Na China, dados da indústria mostraram expansão em julho, sinalizando uma continuidade da trajetória de recuperação da economia global.

No Brasil, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a estimativa para o tombo Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, revisando a projeção para uma retração de 5,66%. Essa foi a quinta semana seguida de melhora do indicador.

O mercado segue prevendo nova queda da taxa básica de juros da economia brasileira na próxima quarta-feira (5). Atualmente, a Selic está em 2,25% ao ano. A previsão dos analistas é de que a taxa recue para 2% nesta semana e que assim permaneça até o fim deste ano. Já para o dólar, a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 continuou em R$ 5,20.

Muitos analistas citam o ambiente de juros baixos como um dos principais fatores para a disparada do dólar em 2020, uma vez que reduz rendimentos locais atrelados à Selic, prejudicando o investimento estrangeiro e, consequentemente, o fluxo cambial.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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