INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 101,75 cents/lb (+200 pontos/+2,00%) no vencimento setembro/20, tendo suporte do fortalecimento do real frente ao dólar.

De acordo com as informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de café em grão em julho chegaram a 1.742.227 sacas de 60 quilos no acumulado do mês até o dia 19, com 13 dias úteis computados (média diária de 134.017 sacas), com receita chegando a US$ 203,929 milhões (média diária de US$ 15,687 milhões), e preço médio de US$ 117,05 por saca.

A receita média diária obtida com as exportações de café em grão em julho é 6,72% maior no comparativo com a média diária de julho de 2019, que fora de US$ 14,700 milhões. Já o volume médio diário embarcado é 5,69% maior que o de julho de 2019, que tinha o registro de 126.800 sacas diárias de média.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 100.00 e posteriormente em 98.25. Já resistências vistas em 102.70 e 103.65.

De acordo com a Somar Meteorologia, tempo seco na maior parte das áreas produtoras de café nesta semana com temperatura entre 1°C e 1,5°C mais elevada que o normal para o mês de julho. Entre o domingo e a segunda-feira da próxima semana, a umidade aumenta e a chuva fraca retornará ao Espírito Santo e sul da Bahia. Na terça-feira da próxima semana, uma frente fria trará chuva mais intensa e abrangente ao Paraná. No dia seguinte, a precipitação avançará por São Paulo e sul de Minas Gerais, e, finalmente, na quinta-feira, a chuva também será percebida na Zona da Mata de Minas Gerais. De uma forma geral, estima-se acumulado entre 10mm e 20mm na semana que vem. A temperatura declinará de forma acentuada no Rio Grande do Sul e Santa Catarina na quarta-feira, mas o frio intenso não alcançará as áreas de café

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,2110 (-2,45%), refletindo o apetite por risco global devido às esperanças sobre uma vacina contra a Covid-19 e ao sucesso dos líderes da União Europeia em fechar um acordo sobre um fundo de recuperação econômica.

No Brasil, o foco passou para a entrega pelo governo do presidente Jair Bolsonaro da proposta de reforma tributária. O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou nesta terça-feira ao Congresso a primeira parte da proposta de reforma tributária do governo, conforme havia antecipado na semana passada.

O projeto é a primeira "etapa" das mudanças a serem indicadas pelo governo para o sistema tributário brasileiro, considerado complexo demais por investidores internacionais. Nessa etapa, a intenção é unificar os dois tributos federais sobre o consumo, PIS e Cofins, criando um Imposto de Valor Agregado (IVA) federal.

No exterior, os mercados avaliam a aprovação do fundo histórico de resgate da economia europeia pós-pandemia, aprovado pelos líderes do bloco. Pelo projeto, será a primeira vez na história que a UE emitirá títulos conjuntos de dívida para captar no mercado o valor do fundo, de € 750 bilhões (R$ 4,57 trilhões).

Italo Henrique Expocaccer/ Departamento Comercial