30 de Junho de 2020 às 08:53

Café em alta e dólar em baixa nesta segunda-feira, 29/06

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia alta, cotado à 100,10 cents/lb (+345 pontos/+3,56%) no vencimento setembro/20, com suporte na previsão de queda nas temperaturas no cinturão cafeeiro e previsão de geadas nos próximos dias no sul de Minas Gerais.

Além disso, temos previsões de chuva nas principais regiões produtoras brasileiras, o que pode desencadear mais atrasos na colheita, e a disponibilidade de mão-de-obra continua sendo uma preocupação para muitos dos principais países produtores.

O forte movimento de alta observado no dia de hoje, pode também ser vinculado à um movimento dos fundos de hedge recomprando parte da posição vendida (a maior desde novembro/19) diante do noticiário climático.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 96.52 e posteriormente em 92.93. Já resistências vistas em 103.42 e 106.73.

De acordo com a Somar Meteorologia, no último fim de semana a chuva avançou pelo norte do Paraná, gerando acumulados expressivos. No entanto, houve pouca chuva e com baixo acumulado em áreas cafeeiras paulistas e mineiras. Nesta semana, destaque para um sistema frontal com uma frente fria e um ciclone extratropical muito rápido, que voltam a levar chuva especialmente para o norte do Paraná e poucas áreas paulistas, mas a maior parte da semana será marcada apenas por variação de nuvens. O terceiro e o quarto episódios de chuva, no entanto, acontecerão sobre Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo alcançando boa parte das áreas de café, mas ainda de forma irregular, no início da segunda semana de julho. Por enquanto não há previsão de frio intenso nas áreas produtoras.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,4240 (-0,71%), após fortes ganhos na semana passada, acompanhando o movimento de queda da divisa norte-americana no exterior.

Lá fora, prevaleceu a cautela nos mercados à medida que os investidores evitaram apostas mais arriscadas em meio ao ressurgimento dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos e em outros países.

Dados divulgados nesta segunda-feira, porém, mostram que a recuperação da confiança econômica na zona do euro se intensificou em junho após retomada modesta em maio, com melhora em todos os setores. A confiança geral subiu a 75,7 pontos em junho de 67,5 em maio, ainda aquém das expectativas do mercado de 80,0 e bem abaixo da média de 100 desde 2000.

Na cena doméstica, os economistas do mercado financeiro voltaram a piorar as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. A projeção passou de uma retração de 6,50% para 6,54%, segundo o boletim "Focus" do Banco Central. Os analistas também passaram a prever um novo corte na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 2,25% ao ano. A nova estimativa é de que a taxa encerre o ano em 2%.

Além da maior incerteza econômica e temores de uma segunda onda global de contágio por coronavírus, a redução da Selic a mínimas históricas é apontada por analistas como fator de impulso para o dólar, uma vez que torna rendimentos locais atrelados aos juros básicos menos atraentes.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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