17 de Julho de 2020 às 08:40

Café em alta e dólar em baixa nesta quinta-feira, 16/07

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 98,35 cents/lb (+115 pontos/+1,18%) no vencimento setembro/20, com suporte na valorização do real.

A safra de café do Brasil em 2020 foi estimada nesta quinta-feira em um recorde de cerca de 65 milhões de sacas de 60 kg, estável ante previsão de fevereiro, apontou a consultoria StoneX, ressaltando que a produção brasileira pressiona o mercado global em ano de incertezas sobre o consumo.
O ambiente de sobreoferta no mercado global de café, estimada em quase 10 milhões de sacas em 2020/21 pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), é agravado pela demanda limitada pela pandemia, comentou o analista de café da StoneX, Fernando Maximiliano, durante evento online nesta quinta-feira.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 97.13 e posteriormente em 95.92. Já resistências vistas em 99.18 e 100.02.

De acordo com a Somar Meteorologia, a umidade que sopra do mar contra a costa ainda favorece nesta quinta-feira nuvens e chuva fraca sobre Espírito Santo e sul da Bahia. Entre Paraná, São Paulo e sul mineiro, o tempo fica mais firme, apesar de variação de nuvens. A temperatura caiu um pouco no Sudeste, mas sem chance de geadas. Os próximos dias seguem firmes e secos na maior parte das áreas produtoras do Sudeste e Paraná, garantindo o prosseguimento das atividades de campo. Não tem previsão de onda de frio nas áreas de café.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,3290 (-1,02%), num ajuste após o real figurar entre os piores desempenhos nos últimos dias, mas as operações seguiram vulneráveis à volatilidade em meio a um clima de cautela no exterior.

Dados do Banco Central divulgados na quarta-feira revelaram acentuada piora nas saídas de recursos do Brasil nos últimos dias. O fluxo cambial ficou negativo em quase US$ 2 bilhões apenas na semana passada, elevando o déficit de julho a US$ 2,376 bilhões. No ano, a debandada é de quase US$ 15 bilhões.

As saídas de capital afetam a liquidez do mercado, contribuindo para o intenso vaivém nas cotações percebido nas últimas semanas.

Nesta quinta, o tom de maneira geral foi mais cauteloso nos mercados globais, o que manteve o risco de volatilidade no câmbio. Dados de varejo na China vieram piores que o esperado e ofuscaram o crescimento acima do esperado na atividade econômica no segundo trimestre.

Além disso, a escalada de tensões entre EUA e China voltou a preocupar. A Casa Branca disse na quarta-feira que não descarta novas sanções contra as principais autoridades chinesas como forma de punir Pequim pela forma como lida com Hong Kong. A China disse que responderá às táticas de "bullying" de Washington, mas que seguirá com a Fase 1 do acordo comercial acertado entre os países no ano passado.
No plano doméstico, analistas mantiveram as atenções na retomada das discussões sobre a reforma tributária. Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o projeto está pronto e espera apenas o processamento político.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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