INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 110,65 cents/lb (+345 pontos/+3,22%) no vencimento julho/20. As previsões de tempo tanto no Brasil, como no Vietnã deram suporte aos preços do café nesta terça.
A Organização Internacional do Café (OIC) vê o mercado global de café passando para um excedente de 1,95 milhão de sacas de 60 quilos na temporada 2019/20, devido ao impacto dos “lockdowns” por coronavírus, ante previsão anterior de um déficit de 474 mil sacas.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 107.95 e posteriormente em 105.25. Já resistências vistas em 112.15 e 113.65.
De acordo com a Somar Meteorologia, uma frente fria avança pelo Sul do país e já se aproxima da Região Sudeste, onde até a quinta-feira irá provocar chuva e também o declínio acentuado da temperatura, especialmente no final da semana. Com a chegada do sistema existe o risco de ventania com rajadas de até 60km/h no sul de Minas. Além disso, a chuva ainda poderá paralisar momentaneamente os trabalhos em campo entre Paraná, São Paulo e Minas, mas na sexta-feira o tempo já fica mais firme. A temperatura cai de forma acentuada, mas sem o risco para formação de geadas no café, já que as mínimas estarão acima dos 5 graus durantes as madrugadas no final desta semana.
DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,5900 (+1,17%), na véspera da definição da nova taxa básica de juros do país, atualmente em 3,75%, e com tensões políticas domésticas ainda no radar dos investidores.
Há semanas, a incerteza vem marcando presença na política brasileira em meio a tensões entre os poderes e a saída de Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça.
Enquanto isso, os investidores ainda esperam o resultado da reunião de política monetária do Copom, que será divulgado na quarta-feira. Segundo pesquisa da Reuters, a expectativa é de mais um corte da Selic, a nova mínima histórica de 3,25%.
Os cortes sucessivos da taxa têm sido fator de pressão sobre o real, uma vez que reduzem os rendimentos de investimentos atrelados aos juros básicos, tornando o Brasil menos atraente quando comparado a países com juros maiores e nível de risco semelhante.
Também nesta terça, o recuo da produção industrial em março surpreendeu os agentes do mercado ao furar até mesmo o piso das projeções coletadas pelo Valor Data e ficar muito abaixo da mediana projetada pela pesquisa (-3,7%), registrando queda de 9,1% em março.
Vale lembrar que março sofreu apenas o efeito parcial das medidas de isolamento social implementadas para conter o avanço do novo coronavírus. Essas ações, inclusive, também foram observadas nos números de inflação. No início do dia, a Fipe informou que a cidade de São Paulo registrou deflação de 0,30% em abril.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Patrocínio Online. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O Patrocínio Online poderá remover, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos ou que estejam fora do tema da matéria comentada. É livre a manifestação do pensamento, mas deve ter responsabilidade!