5 de Maio de 2020 às 17:04

Café e dólar iniciam semana com alta

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 107,20 cents/lb (+110 pontos/+1,04%) no vencimento julho/20. 

O setor de café solúveis ainda não sentiu os impactos da pandemia do Coronavírus. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café Solúvel (ABICS), foram registradas alguns problemas pontuais de logística no início da pandemia, mas a situação já pode ser considerada normalizada. De acordo com  Aguinaldo José de Lima, Diretor de Relações Institucionais, havia uma expectativa no início deste ano em relação ao aumento de consumo para a bebida, mas que a indústria já considera que isso pode não ser possível por conta da pandemia. 

As exportações brasileiras de café solúvel bateram recorde em 2019, chegando a 91,96 mil toneladas, cerca de 4 milhões de sacas de 60 kg. Esse volume representa um aumento de 7% em relação a 2018, quando as vendas externas atingiram 85,97 mil toneladas, equivalente a 3,72 milhões de sacas. A expectativa do setor era um aumento de 5% em cima dos valores históricos. "A base é muito pequena e ainda não dá para saber o que vai acontecer, mas já se aceita com naturalidade se essa alta não acontecer", afirma Aguinaldo.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 105.33 e posteriormente em 103.47. Já resistências vistas em 108.68 e 110.17.

De acordo com a Somar Meteorologia, a semana começa com temporais na Região Sul do país, por causa da formação de uma frente fria. De terça para quarta-feira a chuva alcança as áreas produtoras do Paraná e de quarta para quinta-feira é a vez do café da Região Sudeste receber pancadas de chuva, o que poderá paralisar momentaneamente as atividades de colheita. O outro destaque da semana é o frio, já que a temperatura deve despencar a partir de quarta-feira com a entrada do ar polar na retaguarda da frente fria, porém sem o risco de geadas para as áreas produtoras.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,5250 (+1,61%), diante de tensões políticas domésticas e de uma nova disputa entre Estados Unidos e China, relacionada à origem do coronavírus.

O presidente do EUA, Donald Trump, e o secretário de Estado, Mike Pompeo, aumentaram as preocupações com novos esforços para culpar a China pela pandemia, onde acredita-se que o surto do novo coronavírus tenha se originado.

Após Trump ter ameaçado na semana passada impor mais tarifas sobre a China, Pompeo disse no domingo que há "evidências significativas" de que o novo coronavírus teria surgido de um laboratório na cidade chinesa de Wuhan.

Por aqui, seguiu a tensão política, depois que o presidente Jair Bolsonaro participou, no domingo, de uma manifestação antidemocrática e inconstitucional em Brasília contra o STF e o Congresso.
As declarações de Bolsonaro ocorreram após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal, em decisão liminar, citando possível comprometimento do indicado, que tem relação de amizade com a família de Bolsonaro. Nesta segunda-feira, o presidente nomeou ao cargo Rolando Alexandre de Souza, braço direito de Ramagem.

Segundo levantamento feito por Rostagno, "77% da variação da queda do real (em abril) veio de fatores domésticos". "Isso mostra o quanto esse ambiente político turbulento está afetando a moeda brasileira."

Também nesta segunda, os economistas do mercado financeiro reduziram outra vez a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e, também, sua estimativa para a inflação - que passou a ficar abaixo da marca dos 2%.

Para o PIB de 2020, a expectativa de redução passou de 3,34% para 3,76%. Essa foi a décima segunda semana seguida de revisão para baixo do indicador.
Além disso, os analistas dos bancos também passaram a projetar um corte maior da taxa básica de juros no decorrer de 2020 e elevaram para R$5 a previsão para o dólar no fim deste ano.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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