15 de Setembro de 2020 às 08:52

Café e dólar iniciam a semana em baixa

Boletim Diário Expocaccer

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 123,05 cents/lb (-940 pontos/-7,09%) no vencimento dezembro/20, chegando a tocar 1080 pontos de queda, com as previsões de chuvas benéficas no cinturão cafeeiro brasileiro dando suporte à correção de hoje.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 119.12 e posteriormente em 115.18. Já resistências vistas em 129.52 e 135.98.

De acordo com a Somar Meteorologia, última semana com tempo seco e quente nas áreas de café do Centro e Sul do Brasil. A temperatura fica até 5°C mais elevada que o normal para época do ano no Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais. A partir do próximo domingo, a chuva retornará ao Paraná com acumulado em torno dos 25mm em uma semana. Na Alta Paulista, o acumulado alcança 20mm. Na Mogiana, as pancadas de chuva serão mais isoladas, mas ainda assim devem alcançar algo entre 25mm e 30mm. No Cerrado, estimam-se 15mm, enquanto no sul de Minas Gerais choverá aproximadamente 20mm. Na Zona da Mata, estimam-se 35mm. Não há previsão de chuva significativa no Espírito Santo e sul da Bahia pelos próximos 15 dias.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,2760 (-1,12%), com investidores imprimindo no câmbio um começo de semana otimista nos mercados globais antes de importantes decisões de política monetária nos próximos dias.

O real esteve entre as moedas de melhor desempenho nesta sessão, acompanhado de outras divisas emergentes sensíveis ao sentimento de risco, como peso mexicano, que subia 1%, e rand sul-africano (+0,6%), entre outras, destacou a agência Reuters.

A melhora do humor de investidores teve relação com notícias sobre testes para vacina contra a Covid-19. A farmacêutica Pfizer Inc e a empresa de biotecnologia BioNTech SE propuseram no sábado expandir a Fase 3 de seus testes, e a farmacêutica AstraZeneca informou no fim de semana que havia retomado os testes clínicos britânicos de sua vacina.

Nos EUA, os mercados foram impulsionados ainda por uma enxurrada de notícias sobre acordos multibilionários, incluindo o sucesso da Oracle na batalha pelo braço norte-americano do TikTok.

Por aqui, a expectativa é de manutenção da Selic em 2% ao ano, devido ao recente noticiário fiscal que inspirou maior cautela em meio a leituras mais altas de inflação no atacado e à contínua volatilidade nos ativos financeiros.

O mercado financeiro manteve as estimativas para o dólar ao fim de 2020 (R$ 5,25) e 2021 (R$ 5,00), mas reduziu a projeção para a Selic no término de 2021 de 2,88% para 2,50%, conforme a mais recente pesquisa Focus do Banco Central.

A Selic baixa tem sido citada como uma das causas para a instabilidade no câmbio e também para maiores dificuldades do Tesouro Nacional de rolar a dívida pública em meio a um já fragilizado quadro fiscal.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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