INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

 Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 128,85 cents/lb (- 325 pontos) no vencimento dezembro/20.

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quarta-feira (9) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Dezembro/20 teve queda de 325 pontos, valendo 128,85 cents/lbp, março/21 teve queda de 310 pontos, valendo 129,65 cents/lbp, maio/21 teve baixa de 305 pontos, negociado por 130,45 cents/lbp e julho/21 encerrou valendo 131,30 cents/lbp e desvalorização de 131,30 cents/lbp.

No mês de agosto a produção registrada de café da Colômbia atingiu 1.091.000 sacas de 60 kg, 3% a menos que as 1.119.000 sacas produzidas no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a produção de café atingiu 14,2 milhões de sacas, 3% a mais que as 13,8 milhões de sacas produzidas no mesmo período anterior.

No acumulado do ano, a produção está próxima a 8,6 milhões de sacas, 6% a menos em relação ao pouco mais de 9,1 milhões de sacas produzidas entre janeiro e agosto de 2019. E, até o momento, neste ano cafeeiro (outubro de 2019 a agosto de 2020), a produção ultrapassa 13,1 milhões de sacas.

Com mais de 1,1 milhão de sacas de 60 kg, as exportações colombianas de café caíram 8% em agosto, em comparação com as mais de 1,2 milhão de sacas exportadas no mesmo mês de 2019.

Ainda um pouco ressentidos com as restrições da pandemia, até agora, neste ano, as exportações atingiram 8 milhões de sacas de 60 kg, 10% a menos em relação às 8,9 milhões de sacas exportadas entre janeiro e agosto de 2019.
Nos últimos 12 meses, as exportações de café estão próximas de 12,8 milhões de sacas de 60 kg, 6% a menos em relação às quase 13,6 milhões de sacas exportadas no ano anterior.

Até o momento, neste ano cafeeiro, as exportações superaram 11,7 milhões de sacas, 6% a menos que as quase 12,5 milhões de sacas exportadas no mesmo período anterior.

A condição climática nos cafezais brasileiros deve influenciar o mercado em setembro. Um possível atraso das chuvas pode prejudicar as lavouras e consequentemente o potencial de safra para o ano que vem, que será de ciclo baixo. A avaliação é do Itaú BBA, em relatório mensal de setembro sobre commodities agrícolas.

Além das incertezas climáticas, o mercado de café tem sido sustentado pelo alto porcentual já comercializado da safra atual (2020/21), acima de 50%, que deve moderar eventual pressão vendedora. Segundo o banco, de modo geral, o ambiente é de capitalização do produtor brasileiro, enquanto o baixo nível dos juros domésticos também pode incentivar a estocagem, segurando as vendas do grão.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 126.95 e posteriormente em 125.05. Já resistências vistas em 131.40 e 133.95.

De acordo com a Somar Meteorologia, tempo ensolarado e quente na maior parte do Centro e Sul do Brasil nos próximos dias. As áreas de café do sul de Minas Gerais enfrentam seu maior déficit hídrico desde 2014 com armazenamento de água no solo em torno de 5% da capacidade. As poucas precipitações alcançarão apenas o sul da Bahia e o Espírito Santo a partir do fim desta semana com acumulado em torno dos 5mm.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje também em baixa, cotado à R$5,3020 (- 1,28%).

O dólar comercial fechou hoje (9) com desvalorização de 1,28%, cotado a R$ 5,3020 na venda, interrompendo uma sequência de duas altas seguidas. Ontem (8), a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 5,3660, com valorização de 1,1%. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta de 1,24%, a 101.292,05 pontos. Na véspera, o Ibovespa havia fechado a 100.050,430 pontos, com baixa de 1,18%.

No noticiário doméstico, na terça-feira, o Ministério da Saúde e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foram informados pela AstraZeneca sobre a suspensão dos testes globais de sua candidata a vacina contra a covid-19, após um voluntário apresentar graves reações adversas. A vacina é desenvolvida junto com a Universidade Oxford. A notícia do atraso ecoava pelos mercados globais, que estão contando com a vacinação em massa para garantir uma recuperação econômica sustentada diante da pandemia. Mesmo assim, alguns ativos arriscados, como o real, se valorizaram.

No exterior, o Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu nesta quarta-feira (9) que a crise do coronavírus está "longe de terminar" e ressaltou a necessidade de cooperação multilateral para garantir suprimentos adequados assim que a vacina for desenvolvida.

O FMI disponibilizou financiamento de emergência para 75 países, incluindo 47 nações de baixa renda e disse que está pronto para fornecer mais apoio a um conjunto mais amplo de países de renda média.

Além de apoiar trabalhadores e empresas e investir para conter o aquecimento global e reverter o aumento da desigualdade, os líderes do FMI disseram que os governos devem cooperar internacionalmente para que coloquem fim à crise de saúde.