21 de Janeiro de 2021 às 09:48

Café e dólar em baixa nesta quarta-feira, 20/01

Saiba mais detalhes do mercado e clima

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 125,20 cents/lb (-195 pontos/-1,53%) no vencimento março/21.

De acordo com dados do 4° Levantamento da Safra de Café de 2020, da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, a produção total dos Cafés do Brasil em 2020, somadas as espécies arábica e conilon, atingiu 63,07 milhões de sacas de 60kg, superando em 2,3% a produção brasileira de 2018 e se tornando a safra com maior volume da história. Foram 14,31 milhões de sacas, 23% do total, de café conilon, volume que representou uma queda de 4,7% se comparado com 2019. Essa redução na produção do café conilon foi justificada pelo baixo índice de chuva nas regiões produtoras do Espírito Santo, o maior estado produtor da espécie no Brasil. Já o café da espécie arábica foi responsável por 77% da safra brasileira ao produzir 48,77 milhões de sacas, com um aumento de 42,2% em relação ao ano passado, influenciado pela bienalidade positiva.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 123.38 e posteriormente em 121.57. Já resistências vistas em 127.03 e 128.87.

De acordo com a Somar Meteorologia, a presença de um sistema conhecido como Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) enfraquece a chuva e aumenta o calor sobre boa parte das áreas cafeeiras do Brasil. Nos próximos sete dias, estimam-se menos de 20mm na Alta Mogiana, Cerrado, Espírito Santo, Zona da Mata e Bahia. Na Baixa Mogiana e sul de Minas Gerais, estima-se acumulado entre 20mm e 40mm. Apenas na Alta Paulista e norte do Paraná, uma frente fria causa chuva acima do normal com acumulado entre 40mm e 70mm.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,3100 (-0,65%), em um dia de decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros no Brasil e posse de Joe Biden como novo presidente dos Estados Unidos.

No exterior, permanecia o clima mais positivo ao risco nos mercados após na véspera a indicada para comandar o Tesouro dos Estados Unidos, Janett Yellen, defender grandes gastos para estimular a economia.

Mais estímulos nos EUA significam mais liquidez que pode migrar para mercados de maior risco, como o Brasil, estimulando entrada de dólares e potencialmente baixando o preço da moeda.

Nos Estados Unidos, o presidente eleito Joe Biden anunciou nesta quarta-feira, horas antes da posse, uma série de medidas que serão tomadas no primeiro dia no cargo, incluindo o retorno dos EUA à OMS (Organização Mundial da Saúde) e ao Acordo de Paris para o Clima e a reversão de várias outras decisões do atual presidente americano, Donald Trump, como a construção do muro na fronteira com o México e o veto à entrada de cidadãos de países muçulmanos nos EUA.

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia a partir das 18h30 a decisão sobre o nível da taxa básica de juros. A expectativa dos analistas é que a taxa deve permanecer na mínima histórica de 2% ao ano, com muitos no mercado contando que o BC retirará do comunicado a promessa de manter os juros caso certos critérios sejam respeitados. O entendimento seria o primeiro passo para se vislumbrar uma volta da alta da Selic.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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