INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 126,45 cents/lb (+125 pontos/+1,00%) no vencimento março/21. O mercado registrou leves altas depois da Conab divulgar as estimativas de quebra para a safra 21 do Brasil.
O primeiro levantamento da Companhia estima uma produção total, somados conilon e arábica, entre 43,8 milhões de sacas, indicando uma redução entre 30,5% e 21,4% em comparação com a safra 2020.
"A despeito da redução da produção total, calcula-se uma produção recorde para a espécie conilon, se atingir o limite superior de 16,6 milhões de sacas de café beneficiado, com um incremento de 16% em relação a 2020. Pelo limite inferior, a previsão é de pouco mais de 14 milhões de sacas.
Para o arábica, que responde pelo maior volume nacional, a estimativa é de uma colheita entre 29,7 milhões e 32,9 milhões de sacas, o que representa uma queda de 32,4% e 39,1%, respectivamente, em comparação com a safra passada", afirmou a publicação.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 125.03 e posteriormente em 123.62. Já resistências vistas em 127.58 e 128.72.
De acordo com a Somar Meteorologia, nas últimas 24 horas, choveu com baixo acumulado em algumas áreas do sul da Bahia e Baixa Mogiana em São Paulo, mas no norte do Paraná a chuva acumulou algo entre 30 e 45mm. Já no sul e cerrado de Minas Gerais e Espírito Santo, o tempo ficou seco. A presença de um sistema conhecido como Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) enfraquece a chuva e aumenta o calor sobre boa parte das áreas cafeeiras do Brasil. Nos próximos cinco dias, estimam-se menos de 15mm na Alta Mogiana, Cerrado, Espírito Santo, Zona da Mata e Bahia. Na Baixa Mogiana e sul de Minas Gerais, estima-se acumulado de até 30mm. Apenas na Alta Paulista e norte do Paraná, uma frente fria causa chuva acima do normal com acumulado entre 40mm e 70mm no período.
DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,3630 (+0,99%), diante de uma nova onda de aversão a risco no Brasil, causada por renovadas preocupações fiscais.
No exterior, republicanos do Congresso dos EUA indicaram que estão dispostos a trabalhar com o novo presidente Joe Biden na prioridade de seu governo, um plano de estímulo fiscal de US$ 1,9 trilhão, mas alguns se opõe ao valor.
Dados ainda fracos do mercado de trabalho nos EUA contribuíam também para maior expectativa de mais alívio à pandemia e distribuição rápida de vacinas sob o governo Biden para sustentar a economia.
Os pedidos iniciais de seguro desemprego caíram abaixo do esperado nos Estados Unidos. Foram 900 mil pedidos feitos na semana encerrada em 16 de janeiro, 36 mil a menos que o nível revisado de 926 mil registrados na semana anterior. Já o Banco Central Europeu (BCE) manteve as suas políticas de juros e o programa de compra de ativos inalterados, como o esperado, na reunião desta quinta-feira.
No Brasil, o Banco Central manteve a taxa básica de juros inalterada em 2% ano ano, a mínima histórica, e anunciou o fim do chamado "forward guidance", a orientação futura que indica a manutenção dos juros respeitando certas condições, o que na leitura do mercado aponta que o BC deixou a "porta aberta" para uma alta na taxa de juros nos próximos meses.
Por aqui, a percepção de que a imunização contra a Covid-19 no Brasil será lenta e sujeita a reveses tem elevado receios quanto à força da recuperação da economia e alimentado temor de criação de novas despesas para fazer frente à pandemia.
O mercado também tem monitorado com atenção a campanha por eleição na Câmara e no Senado para calcular riscos de nova pressão por mais gastos, que também podem vir de dentro do próprio governo.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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