INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em baixa, cotado à 95,25 cents/lb (-230 pontos) no vencimento dezembro/19, o mercado recua acompanhando as altas exportações no país e números de estoque no exterior, além das oscilações cambiais.

A paixão por cafeína entre “millennials” da Indonésia deve elevar a demanda doméstica por café para nível recorde e potencialmente reduzir a oferta global. A demanda pode aumentar quase 36% em relação ao ano anterior, para 5,3 milhões de sacas em 2019, disse Moelyono Soesilo, responsável por cafés especiais e indústria da Associação de Exportadores e Indústrias de Café da Indonésia. O volume representa cerca de metade da produção estimada do país, entre 11,5 milhões e 12 milhões de sacas.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 94.17 e posteriormente em 93.08. Já resistências vistas em 96.92 e 98.58.

Já de acordo com a Somar Meteorologia, a quinta-feira é mais um dia de tempo firme nas áreas do Arábica entre o Sul e o Sudeste do país. Uma frente fria já se aproxima da Região Sul e até o fim de semana deverá provocar temporais especialmente no Rio Grande do Sul. No decorrer do fim de semana, o sistema alcança o Paraná, mas já com a chuva bem mais fraca e isolada. Então nas áreas de café, a nebulosidade vai aumentar, a temperatura deve diminuir, mas a chuva ainda será muito fraca e localizada.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,1720 (+0,43%), após um pregão instável, com o mercado de olho nas atuações do Banco Central, nas incertezas político-econômicas na Argentina e nos números do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no 2º trimestre, que mostraram uma alta de 0,4% sobre o trimestre anterior.

A economia brasileira evitou a recessão no segundo trimestre com um resultado até melhor do que o esperado pelo mercado. A leitura do PIB acaba gerando um clima um pouco mais favorável nos mercados internos, ainda que esse alívio não seja suficiente para compensar toda turbulência que temos visto na moeda.

Também seguia no radar o cenário político-econômico argentino, depois que o governo anunciou na quarta-feira que o país vai negociar com os detentores de seus títulos soberanos e o Fundo Monetário Internacional para prorrogar os prazos de vencimento de sua dívida.

As negociações comerciais entre EUA e China também seguiam de pano de fundo, com o Ministério do Comércio da China dizendo que os dois lados "deveriam criar condições" para o progresso nas negociações e que a China é contra a intensificação da guerra comercial e está disposta a resolver o problema com calma.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial