INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, à 100,95 cents/lb (-80 pontos) no vencimento março/19. O mercado estendeu as perdas do dia anterior, ainda atento às informações de ampla oferta da safra 2018/19 no mundo, mas o câmbio limitou recuo mais expressivo.
Nos últimos dias, diversas divulgações renovaram o otimismo com a safra de café. Na semana passada, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a safra brasileira em 61,7 milhões de sacas de 60 kg. Um recorde que supera em cerca de 10 milhões de sacas o melhor desempenho até então.
Os dados da Conab corroboraram os apontados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que apontou anteriormente que a oferta global de café superará 10,9 milhões de sacas na safra 2018/19. O salto foi relacionado ao Brasil, que teve produção estimada pelo USDA em 60,2 milhões de sacas.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 99,98 e posteriormente em 99.02. Já resistências vistas em 102.33 e 103.72.
De acordo com a Somar Meteorologia, as chuvas devem ocorrer de forma isolada e em menor quantidade nos próximos dias. Chuvas típicas de verão em forma de pancadas ao final da tarde deverão ser a tendência. Os volumes de chuva acumulados nas principais regiões no mês de dezembro seguem levemente abaixo da média. Ainda que em regiões especificas as chuvas beirem a normalidade.
DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em queda no último pregão de 2018, cotado à R$3,8770 (-0,43%), mas fechou o ano em alta de 16,9% sobre o real.
No mercado financeiro o ano foi marcado por expectativa dos investidores por pistas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos. Isso se acentuou depois que o Federal Reserve (Fed), o banco central do país, sinalizou duas altas previstas para 2019 - e não mais três. No entanto, não se sabe se o número será ainda menor.
Os investidores acompanham pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unido, porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.
Internamente, o mercado segue acompanhando notícias sobre a transição de governo. Nesta sexta, repercutiu nos negócios uma entrevista em que o futuro vice-presidente, general Hamilton Mourão, defendeu a necessidade de uma reforma da Previdência já no primeiro semestre de 2019, transcrito no trecho abaixo:
“Se a gente for voltar para a estaca zero não vamos conseguir produzir nada no ano que vem. Poderia ser feito um adendo aqui e outro ali dentro da visão que se tem. Temos que usar o que está lá e colocar uma coisa a mais, que isso é permitido pelo regulamento interno do Congresso, para que a gente consiga no primeiro semestre tentar passar isso aí”.
O mercado considera a reforma da Previdência uma das principais condições para que a economia volte a crescer de forma mais robusta. Por essa razão, as declarações de Mourão foram bem recebidas por investidores.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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