INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em alta, cotado à 118,45 cents/lb (+160 pontos) no vencimento março/20, oscilando mais de 300 pontos durante o dia.
O mercado segue sem novos fundamentos, e a atenção por hora se volta ao clima, que, confirmando as previsões, a região sul do país deverá receber volumes significativos de chuvas nesta semana. A formação de uma nova frente fria entre a Argentina e o Uruguai, que avança ao Brasil e atua em conjunto com um sistema que já está atuando no Nordeste do país, deve fazer com que as áreas de instabilidade aumentem no sul do Brasil, podendo também trazer possibilidade de chuvas de granizo para a região.
Na quinta-feira (28), as condições avançam e passa a chover de maneira expressiva também em Santa Catarina e no Paraná. Dados do Inmet indicam que os volumes devem ficar entre 40 e 50 milímetros nos dois estados, enquanto no Rio Grande do Sul as chuvas dão uma trégua e os volumes tendem a ficar mais baixos neste período.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 116.50 e posteriormente em 114.55. Já resistências vistas em 119.65 e 120.85.
De acordo com a Somar Meteorologia, uma frente fria que ontem provocou chuva forte no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, nesta quarta-feira provoca temporais no Paraná, inclusive nas áreas de café. Nas próximas 24 horas, o sistema avança provocando chuva forte, com ventania, trovoadas e eventual queda de granizo nas áreas produtoras entre São Paulo e Minas Gerais. No sul de Minas, o acumulado de chuva deve chegar perto de 90mm entre hoje e a sexta-feira.
DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$4,2580 (+0,40%), renovando recorde nominal de fechamento pelo terceiro dia seguido, com os investidores atentos à atuação do Banco Central diante da disparada recente da moeda norte-americana.
A alta do dólar nas últimas semanas tem como pano de fundo a preocupação com a desaceleração da economia mundial e as incertezas em torno das negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos para colocar fim à guerra comercial que se arrasta desde o começo de 2018. O movimento de saída de dólares do país, que enfraquece o câmbio, também contribui para a desvalorização do real.
Em outubro, o déficit nas transações correntes chegou a US$ 7,9 bilhões, maior que os US$ 5,8 bilhões projetados pelo Banco Central (BC) e com o investimento estrangeiro abaixo do esperado.
A menor oferta de moeda no país em meio a contínuas saídas de capital se tornou uma preocupação ainda maior depois da frustração do mercado com o megaleilão do excedente da cessão onerosa do pré-sal, no último dia 6, no qual praticamente apenas a Petrobras fez lances.
Além disso, também influenciam a maior tensão social em diversos países na América Latina, além do corte dos juros no Brasil, o que também contribui para manter afastado um fluxo maior de capital externo para o mercado brasileiro.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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