INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 106,05 cents/lb (-140 pontos) no vencimento setembro/19. O mercado registrou ajustes técnicos depois de subir forte acompanhando preocupação com a previsão do tempo no Brasil.

De acordo com o SUMÁRIO EXECUTIVO DO CAFÉ – JUNHO 2019, publicado e divulgado pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, e, também, do Levantamento da Safra de Café, da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, nas áreas em produção de café no Brasil, os cafés arábica ocupam atualmente o equivalente a 1,47 milhão de hectares, e a espécie conilon a 373,22 mil hectares, o que corresponde, respectivamente, a 0,57% e 0,14% da área explorada com atividades agrícolas do território nacional, que totalizam 256,8 milhões de hectares. A cafeicultura brasileira, que compreende as espécies arábica e conilon, utiliza 1,84 milhão de hectares de área em produção neste ano, número que representa apenas 0,71% da área explorada com atividades agrícolas no nosso país.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 105.00 e posteriormente em 103.95. Já resistências vistas em 107.65 e 109.25.

De acordo com a Somar Meteorologia, uma frente fria avança pelo Sul do país, provoca chuva nos três Estados da Região, com descargas elétricas, muita ventania e eventual queda de granizo. O sistema entre hoje e a sexta-feira muda o tempo nas áreas do Arábica entre o Paraná e o Sudeste, mas a chuva é muito isolada nas áreas de café, com baixos acumulados e rápida, tanto que na sexta-feira o tempo já fica seco novamente nestas regiões. Quanto ao frio, houve um declínio bem acentuado de temperatura no Rio Grande do Sul, mas esta massa de ar polar já não será tão forte nas áreas majoritárias e portanto, mesmo que ocorra um declínio de temperatura, ainda não será o suficiente para trazer risco de geadas nas áreas produtoras de café.

DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$3,8480 (-0,12%), com operadores atentos aos trabalhos na comissão especial da reforma da Previdência na Câmara e à espera da cúpula do G20.
O comportamento dólar também ocorre em meio à percepção de melhora nas condições de liquidez, após o Banco Central injetar pelo segundo dia consecutivo US$ 1 bilhão no sistema, via leilão de linha de moeda com compromisso de recompra.

O BC tem atuado via linhas de dólares nesta semana conforme aumenta a demanda do mercado por moeda estrangeira à medida que se aproxima o fim do mês, que marca também o término do trimestre e semestre. Nesses período, empresas costumam acelerar o envio de remessas de lucros e dividendos para suas matrizes, o que se reflete em maior procura por dólar físico.

No plano externo, investidores seguiram atentos ao noticiário sobre esperado encontro entre os presidentes da China e EUA na cúpula do G20 no Japão, com esperanças de algum progresso nas negociações comerciais, paralisadas desde maio.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial