INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em baixa, cotado à 105,10 cents/lb (-220 pontos) no vencimento setembro/19, em continuidade ao movimento de queda apresentado nos últimos pregões.
O Brasil exportou um total de 41,1 milhões de sacas de café no encerramento do ano-safra 2018/19 (julho de 2018 a junho de 2019). O volume representa um recorde histórico de exportações brasileiras para o período e um aumento de 35% em comparação com o ano- safra 2017/18, quando foram exportadas 30,5 milhões de sacas de café. Os dados, que consideram a soma das exportações de café verde, solúvel e torrado & moído, são do Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
A receita cambial no ano-safra 2018/19 foi de US$ 5,3 bilhões (equivalente a R$ 20,8 bilhões), representando também um aumento de 9,8%, em relação ao mesmo período anterior. Já o preço médio foi de US$ 131,14, queda de 18,7% em relação ao ano-safra 2017/18.
Entre as variedades embarcadas de julho de 2018 a junho de 2019, o café arábica representou 81,7% das exportações, com a exportação de 33,6 milhões de sacas; o solúvel, 9,5% (3,9 milhões de sacas) e o robusta, 8,8% (3,6 milhões de sacas). Na comparação com o ano-safra 2017/18, o Brasil exportou 27,9% a mais de café arábica, 11,3% a mais de café solúvel e 429,1% a mais de café robusta.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 104.07 e posteriormente em 103.03. Já resistências vistas em 107.07 e 109.03.
Já de acordo com a Somar Meteorologia, o ar seco toma conta das principais áreas produtoras e a temperatura continua a subir gradualmente. Os próximos 15 dias serão praticamente de tempo firme nas áreas majoritárias e com temperaturas cada vez mais altas durante as tardes. Uma frente fria vai avançar pela Região Sul ao longo desta semana, mas o sistema ainda não consegue alcançar o norte do Paraná que deve seguir com tempo firme, além das áreas produtoras do Sudeste e de Rondônia.
DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$3,7390 (-0,18%), em meio à expectativa pelas decisões sobre os juros nos Estados Unidos, Brasil e zona do euro, com a reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.
O mercado adota compasso de espera em semana que deve ter agenda tranquila, antes das decisões de juros de bancos centrais ao redor do mundo, a começar pelo Banco Central Europeu nesta quinta-feira.
Mercados financeiros precificavam mais de 50% de chance de o BCE fazer um corte de 10 pontos básicos na taxa de juros e investidores em títulos esperam ao menos uma promessa clara de ação em setembro.
Com relação aos Estados Unidos, as expectativas de um corte de 0,5 ponto percentual diminuíram ainda mais depois que o Wall Street Journal noticiou que o Federal Reserve (banco central dos EUA) deve cortar os juros em 0,25 ponto quando se reunir no final do mês, e pode fazer novas reduções no futuro dado o crescimento global e as incertezas comerciais.
Internamente, participantes do mercado acompanham eventuais desdobramentos ligados à agenda econômica em meio ao recesso no Congresso e há atenção para as recentes declarações controversas do presidente Jair Bolsonaro e seu impacto nas relações do Executivo com outros Poderes.
Agentes financeiros também trazem no radar a decisão do Copom na próxima semana, sob expectativa de que o BC reduzirá a Selic em 0,25 ponto percentual.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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